tag:blogger.com,1999:blog-8308595547311514102024-03-05T21:20:51.079-08:00O Seringueiro VoadorHá 10 anos sendo irrelevanteGildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.comBlogger171125tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-19309147908130482622023-10-25T10:49:00.002-07:002023-10-25T10:49:20.574-07:00 Isso não é um treinamento<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhujiQsIS6dP2JYWbjDdm3SnzHU1Kww0mcO9yl1dCGsLG4zBITqdinw_tgi_quMvBeKe9B97AZ83nxc0W0sn66a6Q2s750LViJxDYKJIezOoGDEUPbChSdudahE9yCZYmMHtnHRUDUzM538lvbTy_FZ869V2Kj_8DirR2KdHZAF6bZSP1Bx8MhKpcd5HKZQ/s4000/IMG_20231024_205844.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2992" data-original-width="4000" height="479" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhujiQsIS6dP2JYWbjDdm3SnzHU1Kww0mcO9yl1dCGsLG4zBITqdinw_tgi_quMvBeKe9B97AZ83nxc0W0sn66a6Q2s750LViJxDYKJIezOoGDEUPbChSdudahE9yCZYmMHtnHRUDUzM538lvbTy_FZ869V2Kj_8DirR2KdHZAF6bZSP1Bx8MhKpcd5HKZQ/w640-h479/IMG_20231024_205844.jpg" width="640" /></a></div><br /><p><span style="text-align: justify;">No dia 24 de outubro Roger Waters
iniciou a etapa sul americana de sua turnê chamada This Is Not a Drill. Em tese
esta é sua última turnê, muito embora outros artistas tenham feitos “últimas
turnês” e depois retornado como se nada tivesse acontecido, porém, vamos partir
da premissa que esta é a última vez que veremos este senhor de setenta e muitos
anos fazendo sua digressão pelo mundo. Sob esse prisma podemos analisar este show como um misto
de sentimentos tais como nostalgia, inconformidade, desespero e um fiapo de
esperança.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Já antes do inicio do show Roger
projetou um aviso em letras garrafais em inglês, português e espanhol: “se você
é um desses tipos que amam o Pink Floyd, mas não suportam as posições políticas
de Roger Waters, você pode ir embora pro bar agora”. Sim, todo show de
Roger Waters é essencialmente político e sim, para o ódio de direitistas, conservadores e sionistas o músico irá utilizar os clássicos do Pink Floyd para atacar o governo dos EUA, para defender os direitos de pessoas trans e denunciar o genocídio na Palestina.<o:p></o:p></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-kesIkwJOQutU9defcq7WTffGcaKJGBFBkMSX_Vm4fZFCsaAVHZALyTQ_0LeeBt9Rzqud3UjWQ12vhXm_hGv4kdF_fbpbveUAX8-w4anKLXG6jRyfLrGsa_PqdQcJD8wh-2rjI3ajifimiv_rXlRvvOhvtyU7iICc-17bKJ3jzaSmbk1h6XB0GjfnAmH2/s4000/IMG_20231024_213330.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="2992" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-kesIkwJOQutU9defcq7WTffGcaKJGBFBkMSX_Vm4fZFCsaAVHZALyTQ_0LeeBt9Rzqud3UjWQ12vhXm_hGv4kdF_fbpbveUAX8-w4anKLXG6jRyfLrGsa_PqdQcJD8wh-2rjI3ajifimiv_rXlRvvOhvtyU7iICc-17bKJ3jzaSmbk1h6XB0GjfnAmH2/s320/IMG_20231024_213330.jpg" width="239" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Musicalmente falando Waters
entrega um show muito similar ao que ele já vem fazendo desde que saiu de sua
banda mais famosa uma mistura de músicas autorais e músicas do Pink Floyd,
algumas relidas outras exatamente nos mesmos arranjos. Mas aqui tivemos
algumas novidades. O show abriu com <i>Confortably Numb</i>, um clássico do Floyd
geralmente guardado pros momentos mais apoteóticos, mas aqui ela
aparece numa versão sombria e lenta, totalmente cantada por Roger Waters (para
aqueles que não conhecem, essa música é um dueto com David Gilmour) e sem os
clássicos solos de guitarra de Gilmour. Não dá pra deixar passar despercebido
o fato da relação entre o guitarrista do Floyd e Waters ter azedado mais que leite velho
nos últimos anos, com Gilmour e sua esposa inclusive chamando publicamente
Waters de antissemita por suas posições contra Israel. Os solos de David
Gilmour em Confortably Numb são uma das marcas mais reconhecidas do Pink Floyd,
achei ousado e até um pouco afrontoso Waters retirar isso da música, mas por
incrível que pareça, no contexto do show, isso funciona.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que me traz a outro ponto. Ainda que se possa dizer que Waters vive de reproduzir em 80% de seus shows a
produção de sua antiga banda, nunca é uma coisa totalmente gratuita. É claro
que Waters sabe que ninguém iria num show em que ele não tocasse os clássicos
do Pink Floyd, mas sabendo disso, é legal ver como ele, a cada show, procura
sempre ressignificar essas canções para transmitir uma mensagem atual.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se na turnê anterior (US+Them
Tour) o alvo era claramente o ex-presidente Donald Trump, nessa atual
todos os presidentes americanos, de Ronald Reagan até Joe Biden (incluso aí o
queridinho Obama), foram tratados como o que realmente são, criminosos de
guerra. Se a turnê anterior era um grito contra a ascensão do fascismo no
mundo, nesta é uma denúncia de como esse fascismo está imposto, como ele
desumaniza povos e minorias e consequentemente os extermina, bem como àqueles
que ousam denunciar seus crimes. Nesse ponto do show são lembrados os diversos
assassinatos de negros, árabes, perseguições a jornalistas e políticos (o assassinato de
Mariele Franco foi lembrado nesse ponto, bem como o aprisionamento de Julian
Assange). <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na sua parte nostálgica, o show
relembrou por meio das músicas do disco <i>Wish You Where Here </i>do membro que junto
com Waters sonhou o Pink Floyd, Syd Barret. Aqui cabe um adendo pra quem
não conhece a história: Syd Barret foi a principal força criativa do Pink Floyd
desde sua fundação até a gravação do primeiro disco, após isso Barret sofreu
uma série de problemas relacionados ao uso excessivo de drogas que basicamente
lhe destruíam fazendo com ele fosse expulso da banda em 1968. Ele nunca se
recuperou, viveu esquecido na sombra do sucesso da banda que fundou até sua
morte em 2008. Agora voltando ao show. Fotos antigas da banda foram projetadas
nos quatros telões gigantescos do show: os jovens Roger Waters, Syd Barret,
Richard Wright e Nick Manson, os quatro membros fundadores do Pink Floyd.
Novamente David Gilmour foi boicotado, apareceu em meros flashes de fotos do grupo onde não tinha
como escondê-lo, mas não tem como não notar o rancor de Waters com o ex
parceiro de banda. Acho triste essa briga de egos. Syd foi um marco na época
mais romântica do Pink Floyd, isso é fato, no seu início, no sonho de serem
astros de rock, mas é inegável que nos discos e musicas que tornaram o Pink
Floyd uma lenda do rock era a guitarra e voz de Gilmour que estava lá e é fato também que
sem ele o Floyd não teria nem metade do tamanho que tem hoje em dia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O segundo ato do show foi
totalmente político, foram utilizadas músicas do<i> The Wall, The Dark Side of The
Moon </i>e<i> The Final Cut</i> para transmitir a mensagem antiguerra de Waters. Denúncia
ao genocídio na Palestina, a ameaça cada vez mais crescente de uma guerra
nuclear e um fio de esperança na resolução dos conflitos por meio do diálogo.
<i>In the Flesh </i>e<i> Run Like Hell </i>do disco The Wall foram tocadas em conjunto com
mensagens que denunciam a violência do fascismo. Já <i>Money, </i>do disco<i> Dark Side,</i> surge
como uma crítica à burguesia capitalista, <i>Us and Them</i> clama pelo fim do preconceito e da divisão entre as pessoas, o que leva diretamente à <i>Any
Color You Like</i> uma celebração da diversidade de culturas, gêneros e povos do
mundo, <i>Brain Damage</i> e <i>Eclipse</i> fecham, numa reunião apoteótica, todos esses conceitos unindo-os pelo
prisma e as coras do arco íris. A música fecha unindo todas as contradições da humanidade no verso "tudo sob o sol está em sintonia, mas o sol foi eclipsado pela lua". <o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhdeq3Je05Th4NaPApWtxX_zQcF8h1ovPebMattOZaFUC4bmQWHCEgAIcA0XP_sgDYnL_Q1xkp31DcEMPixRptwLV7qChdDGTV7rOY7Oj_8R6Fq6rsgAHyZIlFkHWZN10U0x9Z47TjPzjpqtIOkhMQ2GlKtOPUih9d5yD2GrWg0L4HAnh8Es0noGabHbf1/s4000/IMG_20231024_204837.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="4000" data-original-width="2992" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhdeq3Je05Th4NaPApWtxX_zQcF8h1ovPebMattOZaFUC4bmQWHCEgAIcA0XP_sgDYnL_Q1xkp31DcEMPixRptwLV7qChdDGTV7rOY7Oj_8R6Fq6rsgAHyZIlFkHWZN10U0x9Z47TjPzjpqtIOkhMQ2GlKtOPUih9d5yD2GrWg0L4HAnh8Es0noGabHbf1/s320/IMG_20231024_204837.jpg" width="239" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nessa segunda parte os arranjos
do Pink Floyd foram tocados no original, incluindo com Waters dividindo os
vocais com seu guitarrista Jonathan Wilson, que aliás tem um timbre bem similar
as gravações originais de David Gilmour.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Após a apoteose que é Eclipse o
show tem um encerramento quase melancólico. A banda numa versão quase acústica
executa <i>Two Suns In The Sunset,</i> música de encerramento do disco<i> The Final Cut</i>
onde um personagem voltando para casa ao entardecer com o sol se pondo atrás de
si se depara repentinamente com um segundo sol a sua frente e antes de morrer
no holocausto nuclear que começou ele reflete como, no fim, todos, amigos ou
inimigos, são iguais perante a morte. Mas há um fio de esperança com <i>The Bar
</i>uma balada que imagina um lugar onde as pessoas podem se encontrar e conversar
sem medo e assim resolver seus problemas. Por fim, <i>Outside The Wall</i> tocada
apenas com tambores, instrumentos de sopro e piano fecha o show. No disco
original (<i>The Wall</i>) essa música representa a possibilidade do personagem
estabelecer conexões reais com as pessoas a sua volta fora de sua bolha. No
show e para nós representa basicamente o mesmo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Parabéns se você leu até aqui e
para encerrar esse texto eu vou dizer que eu amei esse show e que eu amo esse
artista, mesmo com seus vários defeitos (Roger Waters tem um sério problema de
EGO inflado, messianismo ou o que for) e suas inúmeras contradições. Mas isso
só o torna um ser humano como todos nós. Acho admirável como Waters se posiciona muito claramente, sem meias palavras, sem tergiversações
sobre aquilo que acredita. <i>This Is Not a Drill </i>denunciou claramente o genocídio
na Palestina, clamou pelos direitos dos povos indígenas, dos negros, das
pessoas trans, dos direitos reprodutivos (sim, ele abertamente defende o direito ao aborto). Chamou os presidentes americanos de criminosos de guerra, chamou
Zelensky de irrelevante, homenageou Julian Assange e Marielle Franco, criticou em letras
garrafais o Capitalismo, tudo isso usando as músicas do Pink Floyd. E o que eu
mais adoro nele é que ele faz isso de uma forma que não dá pra disfarçar, não
são mensagens sutis, subliminares ou diluidas em esoterismos, o posicionamento político
dele está em letras garrafais no seus telões, sendo impossível você assistir o
show e ignorar: ou você vibra e concorda ou você se treme de raiva por
discordar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Roger é um artista que irá marcar
sua presença na história da música pop, para o bem e para o mal, se esta for
realmente sua última turnê eu desejo fortemente que para as gerações futuras
surja um artista com a mesma fibra, ousadia e coragem de defender o que
acredita e que este hipotético artista defenda o que é o correto: no fim, todos
somos feitos da mesma matéria, por que não podemos todos ser felizes então?<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMcItWHfqnTpBcRyGWvWE90EWxVZfkW3eUs8YXWK8fzCl97jfWXylkeEvLqw0wlCz2a4fjweSlqGAry8YJekc4pAWOwWQx6y181apvjnuivjcKeMrIZdRLUKrZPlZK2yO6pwCMtKzYemhwPWatpBuwFoqDuZV8Hj2M0bHESUCk1lRYSnMV38K7yRjWNscu/s4000/IMG_20231024_213125.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2992" data-original-width="4000" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMcItWHfqnTpBcRyGWvWE90EWxVZfkW3eUs8YXWK8fzCl97jfWXylkeEvLqw0wlCz2a4fjweSlqGAry8YJekc4pAWOwWQx6y181apvjnuivjcKeMrIZdRLUKrZPlZK2yO6pwCMtKzYemhwPWatpBuwFoqDuZV8Hj2M0bHESUCk1lRYSnMV38K7yRjWNscu/w640-h478/IMG_20231024_213125.jpg" width="640" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-25758398329501826252020-02-28T15:53:00.001-08:002020-02-28T15:53:24.678-08:00Jordan mechendo na colméia.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/5TSMulpd3Bc/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/5TSMulpd3Bc?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />
<br />
Candyman é meu filme de terror favorito. Uma mistura de lenda urbana, com slasher e suspense psicológico com uma pitada de critica social.Candyman é um ser poder ser invocado ao se dizer seu nome cinco vezes em frente ao espelho, então ele aparece e te mata. E por que alguém faria a estupidez de invocar a criatura? Bem, provavelmente por aquele comichão que dá na pessoa, uma disputa entre incredulidade racional e medo primitivo.<br />
<br />
Mas o filme de 1992 é muito mais que jovens bobos invocando a fera. Ele possui uma dose de comentário social ao situar Candyman como objeto de um quase culto por parte de uma comunidade carente e marginalizada em Cabrini Green, Chicago. Comunidade esta que existe na vida real e por muitos anos foi foco de vandalismo e violência na cidade.<br />
<br />
Cabrini Green é habitada majoritariamente por negros e o próprio Candyman, descobre-se é o espírito de um escravo cruelmente assassinado que volta a vida devido ao culto que se instaura em torno da sua figura. E quando este culto é ameaçado por uma intelectual branca que vai a comunidade desconstruir seu mito para uma tese qualquer da faculdade, Candyman precisa manter vivo seu culto.<br />
<br />
O filme bebe muito da fonte original, um conto chamado O Proibido de Clive Barker. Aqui cabe uma observação, eu gosto muito de Stephen King, mas pra mim ele nunca escreveu histórias tão fortes e orignais quando Clive Barker, que pra mim é um verdade mestre do horror. Você, se assiste filmes de terror provavelmente já viu algum filme baseado na obra dele sem saber. Provavelmente foi Hellraiser.<br />
<br />
Enfim, Jordan Peele vem produzindo um remake dessa obra, essa coisinha aí no trailer. Confesso que estou meio dividido. Primeiro Peele não é o diretor dessa vez e ele fez duas obras excelentes no gênero. Segundo o trailer mostra demais o quesito, pessoas estúpidas repetindo Candyman no espelho o que me dá medo de o filme virar um slasher sangrento e nada mais. Porém, o filme original tem farto material para Peele fazer mais um excelente filme na linha de Corra! e Nós, a crítica social, principalmente no quesito do racismo à comunidades negras.<br />
<br />
O jeito é aguardar e confiar.<br />
<br />
Ps. depois vou escrever um texto só sobre esse gênio do horror Clive Barker. <br />
<br />
<br />Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-80518807686861239882019-02-13T17:48:00.003-08:002019-02-13T17:48:49.725-08:00DunaO site cinema com rapadura divulga hoje a notícia de que Josh Brolin está escalado para o novo filme de Duna dirigido por Denis Villeneuve. Não posso deixar de anotar que fiquei bastante emocionado com a escalação que li na notícia. Além de Brolin também estão lá Oscar Isaac que fez uns trabalhos sensacionais como Ex Machina, tá lá também Zendaya do filme do Homem Aranha, o veterano e excelente ator Stellan Skarsgard que tem tanto filme legal que dá preguiça de mencionar, mas vamos lá Ninfomaníaca, Os Homens que Não Amavam as Mulheres e tantos outros.<br />
<br />
Duna é meu livro favorito. Um clássico da ficção científica, mas uma obra atemporal que trata de política, religião, poder, fanatismo e escassez. Uma visão de futuro pessimista, até mais pessimista que Blade Runner eu diria, uma vez que nem mesmo as benesses da tecnologia são encontradas. Um futuro quase medieval onde as grandes massas humanas são subjugadas pela ignorância e o medo.<br />
<br />
Uma obra difícil de adaptar no cinema. Mas eu acredito em você Villeneuve.<br />
<br />
<br />
<a href="https://cinemacomrapadura.com.br/noticias/533010/duna-josh-brolin-e-a-mais-nova-adicao-ao-elenco-da-adaptacao-de-denis-villeneuve/?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter">https://cinemacomrapadura.com.br/noticias/533010/duna-josh-brolin-e-a-mais-nova-adicao-ao-elenco-da-adaptacao-de-denis-villeneuve/?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter</a>Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-7234679231241230612019-02-10T09:03:00.000-08:002019-02-10T09:03:56.905-08:0010.02.2019Meu blog tá aqui acumulando poeira. Em parte eu culpo o fato de que eu estava tentando levar ele a sério, logo escrever coisas realmente interessante. Mas ninguém lê blogs hoje em dia. E pra falar irrelevância sempre tem o Twitter.<br />
<br />
Volto aqui pra fazer algumas anotações acerca do ano. Primeira, não levar esse espaço tão a sério. Escrever coisas mais leves. Nada de resenhas. Só anotações esparsas mesmo.<br />
<br />
A segunda anotação de hoje é que me lembra que ainda não escrevi nada sobre meu novo disco favorito Feral Roots da banda americana Rival Sons. Essa banda, creio eu e mais alguns críticos musicais, é o mais perto que nossa geração vai ver de um Led Zeppelin e esse último disco dos caras tá simplesmente fenomenal se alguma outra banda vai superar é algo que só o decorrer do ano vai mostrar.<br />
<br />
Por ora é isso. Escute Feral Roots, possivelmente o melhor disco de rock deste ano. Não que reste muita gente que ligue para rock'n roll ou blogs.Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-33544466757107291232018-06-08T12:23:00.000-07:002018-06-08T12:44:01.587-07:00PREQUELLE - Ghost se entrega ao pop e lança seu melhor disco até agora<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg89Ag6_hGjZaMo22T6gI5ul9M130ZttLTsKNqxj6cwAXtatjeIuCxcqBvQ_H1Axd23l4HXqc3mHDeRD0kwYIwLvJSWfehblyxanWoD6HSlRci_Oz290qkWXCuRk5EwXTEl1w-w-od9wjMD/s1600/98541.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg89Ag6_hGjZaMo22T6gI5ul9M130ZttLTsKNqxj6cwAXtatjeIuCxcqBvQ_H1Axd23l4HXqc3mHDeRD0kwYIwLvJSWfehblyxanWoD6HSlRci_Oz290qkWXCuRk5EwXTEl1w-w-od9wjMD/s320/98541.jpg" width="320" /></a>Não é de hoje que tenho achado o Ghost um dos melhores acontecimentos no rock mundial. A banda surgiu ao mundo macabra, envolta em panos pretos, corpse paint, simbologia satânica e letras sinistras, mas quando o som começava a tocar, que surpresa, não era o peso e a brutalidade que se esperava, ele era suave, grudento, retrô, pop. Essa dicotomia entre visual e som marcou o Ghost no início de sua carreira, conquistou muitos e afastou outros tantos. As celebridades do rock pareceram abraçar a causa da banda, assim como o mundo da música.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Toda a aura fúnebre emanada por Papa Emeritus e seu séquito misterioso de músicos que jamais revelavam suas identidades, os Nameless Ghouls, não demorou muito pra desvanecer. O satanismo do Ghost era uma piada e assim a banda o tratava, assim a aura de mistério foi dando lugar a um humor despojado. Papa Emeritus Segundo começou a aparecer sem maquiagem em Las Vegas, acompanhado de modelos e lançando sua própria linha de brinquedos sexuais. Papa Emeritus Terceiro abandou a batina e mitra por um terno mais leve e uma basta peruca, começando a se apresentar menos como membro de um clero satânico e mais como um pregador evangélico. Agora, temos Cardinal Cópia, não é um papa, é aspirante, chega aí jovial, vestido numa jaquetinha de couro reluzente e gingado sexy, promete revolucionar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A banda parece ter uma visão musical muito bem definida, no primeiro disco pesou no hard rock setentista e trouxe a memória nomes como Blue Öyster Cult e Mercyful Fate, no segundo focou na produção, trazendo corais, orquestrações e um foco no rock progressivo, o terceiro disco focou no peso e agora, chegando ao seu quarto disco, a banda abraça uma vertente que vinha dando sinais desde seu primeiro disco, o pop. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Prequelle ainda é um disco de rock, talvez até mesmo tenha algo de metal, mas é inegavelmente um disco pop, músicas como "Rats" e "Dance Macabre" estão aí pra comprovar, ambas são os carros chefes do disco, feitas pra ficarem grudadas na sua mente, quer você goste delas ou não (eu adorei as duas aliás), sendo que a segunda tem um ritmo irresistivelmente dançante pra combinar com seu nome. O metal NWOBHM bem retrô dá as caras em "Faith" e num breve riff de guitarra de "Rats" também. "Pro Memória" cumpre a cota de baladas que misturam o macabro da letra com a beleza da música. "See The Light" é um canção pensada pra grandes platéias, inclusive com deixas para o público cantar junto. "Witch Image" tem um refrão excelente, grudento (você vai se perceber querendo cantar junto), só tem um pouco de trabalho de se destacar dentre um desfile já tão bom de canções.</div>
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<br /></div>
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Dentre essa já respeitável playlist existem ainda duas pérolas. "Miasma" e "Helvetesfonster", duas <i>tour de force</i> instrumentais onde a banda dá vazão a todo seu potencial progressivo, mas sem exageros. A primeira, mais pesada, conta com um rock'n roll de primeira que evolui num crescendo e cumina num surpreendente solo de saxofone. A segunda, mais intimista, busca sua beleza na melodia e harmonização dos instrumentos elétricos com os acústicos.</div>
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<br /></div>
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"Life Eternal" é uma musica breve com vocais grandiosos, mas vai baixando o tom para fechar o disco com suavidade, daquelas canções que não deixam dúvidas que a viagem musical chegou ao fim, mas sempre com aquele gostinho de quero mais.</div>
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<br /></div>
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Acho que musicalmente a banda nunca esteve tão bem. NWOBHM, Prog Rock, Pop, percebe-se que é vasta a gama de influências donde a banda busca inspiração para suas canções. Cada vez mais determinada em se tornar um fenômeno pop, mas sustentado por ótimas composições. Prequelle demonstra que o Ghost veio aí pra ficar!</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhj1zc4Plh-k3XZaLBoh41y4BFF2szBhmgChDUbIFB7nHWfp3psNjueoIADIpY-Ac7zL2DkV6gs-A_z2xx8fammcaApitOIC1ZACEzsXRRxiqv9SiyUJId6hLdZb-uBYlBwxcqTZbXWTw7/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="224" data-original-width="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhj1zc4Plh-k3XZaLBoh41y4BFF2szBhmgChDUbIFB7nHWfp3psNjueoIADIpY-Ac7zL2DkV6gs-A_z2xx8fammcaApitOIC1ZACEzsXRRxiqv9SiyUJId6hLdZb-uBYlBwxcqTZbXWTw7/s1600/download.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Caso você esteja se perguntando: onde diabos eu vi essa capa antes?<br />
Ta aí</td></tr>
</tbody></table>
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Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-44235956628053456522018-04-02T11:08:00.002-07:002018-04-02T11:16:06.535-07:00Boarding House Reach de Jack White<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhn5wCO8VMr-TYLZ3wgW4ILxLZbIitIQjp9B6EMZLgTh9VpcJzT-F9qY0zK63hdmfoBJla-V0qgG9w3XUkvyXOTPB8VimKww2XFj0BTJz_Ri0VrIIWAiKY8JvOF3DRbGk6bbcpB6ylaCwD/s1600/Jack-White-Boarding-House-Reach-artwork-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhn5wCO8VMr-TYLZ3wgW4ILxLZbIitIQjp9B6EMZLgTh9VpcJzT-F9qY0zK63hdmfoBJla-V0qgG9w3XUkvyXOTPB8VimKww2XFj0BTJz_Ri0VrIIWAiKY8JvOF3DRbGk6bbcpB6ylaCwD/s320/Jack-White-Boarding-House-Reach-artwork-1.jpg" width="320" /></a>Jack White não entra em estúdio pra fazer feio. Seu terceiro disco é fácil um dos melhores lançamentos de 2018. É um disco bem difícil de classificar já que ao que parece White usou todas as referências musicais que ele possui em sua composição. São treze canções que variam entre o hard rock, o blues, o noise, o psicodélico, o jazz, a poesia, enfim uma grande mistura que poderia soar insano, mas não soa, pelo contrário, é muito bom!</div>
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O disco começa pomposo com "Connected by Love" com andamento mais lento e corais gospel, fica ainda mais lento e mais pomposo com "Why Walk a Dog" e seus órgãos de igreja pra cair num groove dançante na animada "Corporation", onde Jack recita a letra e grita com a potência de uma sirene sobre uma base musical sólida e suingada. Destaque ainda para o poema recitado ao som de piano e violino em "Abulia and Akrasia" e a canção final "Humoresque" adaptação do músico erudito Antonín Dvorák.</div>
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Seria fútil tentar descrever todas as canções, já que a tônica do disco parece ser o bizarro, o próprio músico já avisou que seria assim. Uma olhada rápida na <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Boarding_House_Reach#Personnel">ficha técnica</a> com mais de 24 músicos de estúdio e uma variedade enorme de instrumentos, e creia, todos eles com um momento de destaque no disco, já demonstra toda a variedade musical que o compositor tentou trazer para seu disco.</div>
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Jack White e suas guitarras são as estrelas do disco por óbvio, mas pra mim também merece destaque a excelente cozinha formado pelo baixo e bateria, juntos ambos trazem um groove contagiante que não deixa a peteca cair mesmo nos momentos mais bizarros do disco.</div>
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Certamente Boarding House Reach é o disco mais fora da curva da discografia de White e facilmente poderia ser classificado como uma ego-trip do compositor. O que se reforça pela declaração de que o compôs o disco de forma que o som saísse da forma mais parecida possível como soava em sua mente . Se assim for, é uma viagem em que embarquei com gosto. Só com uma ressalva para a arte de capa de extremo mal gosto, mas isso é secundário, afinal o que importa mesmo é a música.<br />
<br />
<a href="https://open.spotify.com/album/6btUx9G2BPajQ7P6mpTxId">Ouça no Spotify</a></div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-26747422893847719382018-03-30T09:47:00.000-07:002018-03-30T09:47:00.883-07:00Spartacus (1960)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgRoJJwFxmksvlLPn9u9cc68UYpPCgiHXtopBPd6ZJltEVA-RiS6-TPjwXWakS46WVNZ2184TNlQODTFwCAvbKDzR2KqMe943aioqTGkFUAzxB6zZnhMZG5AYhIl7xSb1wyX9wXp38NuOu/s1600/SPARTACUS+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1202" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgRoJJwFxmksvlLPn9u9cc68UYpPCgiHXtopBPd6ZJltEVA-RiS6-TPjwXWakS46WVNZ2184TNlQODTFwCAvbKDzR2KqMe943aioqTGkFUAzxB6zZnhMZG5AYhIl7xSb1wyX9wXp38NuOu/s320/SPARTACUS+2.jpg" width="256" /></a></div>
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De todos os filmes que já vi de Stanley Kubrick, Spartacus é o que menos parece um Kubrick. Primeiro porque, na verdade, era o filme de Kirk Douglas, ator principal e produtor executivo, segundo porque começou dirigido por Anthony Mann, com quem Douglas brigou por diferenças artísticas na concepção do filme e só então chamou um ainda jovem Stanley Kubrick para a direção, que aliás também teve discussões com Douglas quanto ao direcionamento do filme, mas acabou tendo que se submeter ao ator, depois disso Kubrick teria tomado a resolução de somente fazer filmes em que ele tivesse amplo controle criativo.</div>
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Isso não tira o mérito do filme de ser uma verdadeira obra de arte, nem de seu diretor pelo brilhante trabalho. Um épico histórico com mais de três horas de duração, produção impecável e efeitos especiais decentes, principalmente considerando que foi feito quando nem se cogitava computação gráficas nos filmes.</div>
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O filme conta a história de Spartacus, nascido escravo é vendido para ser treinado como gladiador, na sua primeira luta até a morte é polpado por seu oponente Draba que é morto por sua insubordinação, tal piedade inflama Spartacus que começa uma rebelião de escravos em busca de liberdade que irá abalar os alicerces de Roma. Para além desse conto épico, também é um filme político ao explorar o jogo de poder no Senado Romano, principalmente entre o Senador Gracco e o General Crasso, oponentes políticos, o primeiro interessado em manter a República a qualquer custo ainda que tenha que tomar atitudes questionáveis, o segundo sonha com uma Roma purificada com ordem, fé aos deuses e livres de corrupção, para isso sonha com o poder concentrado na mão de um líder forte (ele mesmo claro). </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggYIcYVje2sb8dlwUNh7Yxx4w6cfreHkpmtHztBalMp5icrVXe_TfRcJRGXO1vKLzO1EVmfEBhmjsmoWRFkWOrUw4kpbkf6SXCZtYSZtt98ns-CfFVEhx0C0cipRMRPw4m_O-_UvKkAq52/s1600/spartacus+30.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="325" data-original-width="707" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggYIcYVje2sb8dlwUNh7Yxx4w6cfreHkpmtHztBalMp5icrVXe_TfRcJRGXO1vKLzO1EVmfEBhmjsmoWRFkWOrUw4kpbkf6SXCZtYSZtt98ns-CfFVEhx0C0cipRMRPw4m_O-_UvKkAq52/s640/spartacus+30.jpg" width="640" /></a></div>
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Um jogo político que pode ter muito a dizer ao nosso país. Numa das falas mais poderosas do filme o Senador Gracco, busca alertar o senado das intenções tirânicas de seu rival Crasso, quando um dos senadores argumenta que Crasso foi um dos poucos que jamais cedeu a corrupção ele responde: "Prefiro um pouco de corrupção republicana com a liberdade republicana do que tirania de uma ditadura e liberdade nenhuma". Ao fim, Crasso usará a rebelião dos escravos para incitar o terror em Roma e dessa forma se apresentar como o salvador ao concentrar sobre si todos os poderes dando o primeiro passo do viria a se tornar o império dos Césares. Caio Julio César que viria a se tornar o primeiro dessa linhagem aparece no filme como coadjuvante. </div>
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Obviamente que Roma era um república só para os seus patrícios, para todos os demais era mera tirania, principalmente para os escravos. O filme busca mostrar como eles eram tratados como meros objetos de exploração cujas vidas estavam a disposição dos patrícios até mesmo para entretê-los onde entra as batalhas dos gladiadores. Após a rebelião os escravos são humanizados, passam a ter sonhos, aspirações por liberdade, a irmandade que estabelecem entre si é quase idílica, sem atritos, brigas ou traições. A essa sociedade comunitária é aposto os jogos de interesse político de Roma. </div>
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Spartacus ganhou os Oscars por Direção de Arte, Fotografia e Figurino, merecidíssmos, fora a caracterização belíssimas dos personagens o filme nos brinda a todo momento com cenas de grande beleza, algumas verdadeiros quadros renascentistas em movimento. As cenas de batalhas são em escala épica, impressionantes mesmo hoje em dia.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizIlZ0Hc9IP3PrcT6_I5yKI3Gl0igIecy1r4EHOBNGNGAs9MPEhk2DwHD1oJvPkfDnaZuvzXp5712G3xN_8_u2YqQDr-WF49ftWW8bbKwZn5unHvJetaN7Qs5sB8rOCiw4mrwUh33x7J3E/s1600/spartacusmatte6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="572" data-original-width="1280" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizIlZ0Hc9IP3PrcT6_I5yKI3Gl0igIecy1r4EHOBNGNGAs9MPEhk2DwHD1oJvPkfDnaZuvzXp5712G3xN_8_u2YqQDr-WF49ftWW8bbKwZn5unHvJetaN7Qs5sB8rOCiw4mrwUh33x7J3E/s640/spartacusmatte6.jpg" width="640" /></a></div>
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E para quem é fã de Kubrick vai impressionar também o caráter emocional do filme. Para um diretor tão cerebral e pouco afeito a trabalhar as emoções humanas, pelo menos, as boas emoções humanas como amor, a fraternidade e o altruísmo, Spartacus é um oportunidade única para vermos um Kubrick mais emotivo. Provavelmente, muito disso teve a mão de Kirk Douglas interferindo na visão do diretor. Mas mesmo assim, são momentos belíssimos e comoventes, como a cena final (ALERTA SPOILER) quando vemos um Spartacus crucificado olhando pela primeira vez o rosto de seu filho.</div>
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Um grande filme (em todos os sentidos) que vale a pena ver. </div>
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Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-10752027655581980552018-03-20T11:38:00.001-07:002018-03-21T07:07:39.582-07:00Maria Madalena<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Y9DJS_ONWtOslTK4hxdtozDHoSu1sTg6GihHDBwYtcY1IQLh7riBqOaTHMd6QPyW2d3gzKqX3OHibaBwvqbaHlT-Z6q0WR06PjxvfkdAl-XYGW4ZWDj6MQV0EAbSSO755fliFKO98GTq/s1600/0b6e5e5d-1a55-11e8-8e7d-000c29a578f8.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="432" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Y9DJS_ONWtOslTK4hxdtozDHoSu1sTg6GihHDBwYtcY1IQLh7riBqOaTHMd6QPyW2d3gzKqX3OHibaBwvqbaHlT-Z6q0WR06PjxvfkdAl-XYGW4ZWDj6MQV0EAbSSO755fliFKO98GTq/s320/0b6e5e5d-1a55-11e8-8e7d-000c29a578f8.jpg" width="216" /></a>A iniciativa de filmar uma história de Cristo do ponto de vista de Maria Madalena basta, por si só, para ser polêmica. Afinal, o novo filme de Garth Davis (diretor de Lion) é uma história de Cristo, no fim das contas. O filme busca uma nova visão para uma das mais injustiçadas figuras bíblicas. Erroneamente tratada, durante séculos, como prostituta redimida por Cristo e constantemente confundida com a prostituta salva do apedrejamento por Jesus. Cena clássica que é sequer mencionada nesse filme. </div>
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O diretor nos apresenta uma Maria Madalena de grande sensibilidade e empatia que se sente deslocada no papel que lhe é designado pela família, a obrigação de casar e ter filhos. Esse deslocamento faz sua família acreditar que a mesma esteja possuída por demônios o que os fazem chamar o curador que passava na região, Jesus. O encontro dos dois é o ponto culminante para que Maria decida deixar tudo para trás e seguir o Rabi. Em momento nenhum ela esclarece para alguém ou para si mesma o porque de seguir aquele homem, ela somente sabe que sua antiga vida não é mais o suficiente.</div>
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Filmes de Cristo optam geralmente por duas vias: a polêmica ou a fidelidade aos textos canônicos. Maria Madalena opta pelo caminho do meio. Evita polêmicas ao estabelecer um relacionamento essencialmente platônico entre Madalena e Jesus, ao estabelecer ela como uma figura frágil e ao mesmo tempo firme, mas jamais roubando o protagonismo do Mestre, humaniza a figura de Cristo, mas não nega ou sequer põe em dúvida sua divindade, nesses termos é um filme conservador. Por outro lado, é um filme que não se prende ao ar devocional e dogmático tradicional dessas narrativas. Os milagres são representador com menos solenidade, a clássica imposição das mãos, as frases de efeito, o clássico "tua fé te curou" são trocados pelo toque, o abraço, o olho no olho, o sorriso ou as lágrimas. Abundam os momentos contemplativos, as paisagens ermas e o silêncio, já as passagens bíblicas clássicas quando não desconsideradas são passadas brevemente quase com desleixo, a entrada em Jerusalem, a Ultima Ceia, até mesmo a crucificação são repassadas as pressas, mais para cumprir tabela do que para realmente preencher a história, provavelmente porque ao final do filme, fica claro que nada disso tem importância.</div>
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Talvez o ponto mais polêmico e melhor do filme seja o seu final. Já é clássica a narrativa de Maria como a primeira mulher a ver o Cristo Ressuscitado o filme a mostra como a única. E também a única a compreender a verdadeira mensagem do Mestre. É somente ela que vemos fazendo perguntas ao mestre, a única buscando-o em seus momentos de sofrimento silencioso, a única a realmente lhe fazer gestos de amor e misericórdia. Os homens, com destaque para Pedro e Judas, o vêem como um líder de uma revolução, cada um já fazendo sua própria imagem do Messias, mas nunca parando para ouví-lo. Eles vêem o Jesus que querem ver. Ao fim após a ressurreição Maria ainda tenta uma última vez explicar-lhes a mensagem de Cristo "O Reino do Céus está em nós", mas é rejeitada e quando Pedro lhe anuncia que eles irão continuar a espalhar a Mensagem, Maria retorque "A sua mensagem, não a Dele", na única grande cutucada que o diretor faz a toda a Igreja Cristã de base patriarcal.</div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-9282088368553728062018-02-14T14:10:00.000-08:002018-02-14T14:10:02.293-08:00Crítica: A Forma da Água<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdsrpWuQFmYPE7yqg05ewL69b9AmgORccHdR3MXuEfp5Y0FV8AnVcDc4hgXjxDAg0Pyz-fvMHFljyV_ccpn_AhSeZffe_QAcBH75kUZPPq7YVRhaBQT1gKsPpj5tON78_0TgwfftmvCjVn/s1600/3044833.jpg-c_215_290_x-f_jpg-q_x-xxyxx.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="290" data-original-width="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdsrpWuQFmYPE7yqg05ewL69b9AmgORccHdR3MXuEfp5Y0FV8AnVcDc4hgXjxDAg0Pyz-fvMHFljyV_ccpn_AhSeZffe_QAcBH75kUZPPq7YVRhaBQT1gKsPpj5tON78_0TgwfftmvCjVn/s1600/3044833.jpg-c_215_290_x-f_jpg-q_x-xxyxx.jpg" /></a></div>
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Chega certa época na carreira de um diretor que parece que ele se sente na obrigação de fazer um filme fofo. Foi assim com Scorcese quando filmou A Invenção de Hugo Cabret, Spielberg sentiu esse necessidade logo cedo com seu ET, fico imaginando quando essa necessidade imperativa de ser fofo no cinema vai acometer Tarantino, tamos aí no aguardo. </div>
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De qualquer forma, essa é a vez de Guilhermo Del Toro, excelente diretor que já nos presenteou com o sensacional Labirinto do Fauno, nos divertiu com um pastiche de anime chamado Pacific Rim e vá lá, nos entendiou um pouco com Colina Escarlate. Agora ele chegou para encantar com um conto de fadas de época sobre a luta por um amor impossível. Todos os elementos estão lá, desde a ambientação de época, os anos 60 no caso, a trilha sonora, as referências a filmes clássicos, musicais antigos, de preferência, além dos personagens, todos essencialmente bons, mas vivendo a margem da sociedade que basicamente, os despreza.</div>
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Mas Del Toro é mais que isso e um filme seu não dificilmente se conteria apenas nesses elementos básicos. Elementos tais como a sexualidade. A nudez desponta em vários pontos da trama, assim como seus personagens não são apenas representações platônicas de sentimentos puros, mas são pessoas com seus desejos, não atoa sua personagem principal se masturba todo dia de manhã, seu melhor amigo, um artista gay chegando a terceira idade sente atração pelo vendedor de tortas. </div>
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Outro elemento é a tensão crescente do filme, apesar de ser estruturado na forma de um conto de fadas o sentimento da ameaça é forte. A construção do vilão o Coronel Strickland, tem muito a ver com isso, pois o diretor se preocupa em apresentar as frustrações do personagem, por um lado humanizando-o, por outro tornando-o ainda mais ameaçador.</div>
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<br /></div>
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Somado a isso, ainda há alguns comentários a respeito de racismo, preconceito e claro a falta de empatia que nos faz ver o diferente sempre como algo monstruoso sem sequer tentarmos entendê-lo. Possivelmente essa é a grande metáfora do monstro, capturado na Amazônia onde era idolatrado pelos nativos é visto como um monstro pelo Coronel como uma aberração que deve ser eliminada o mais rápido possível. O filme claro vai demonstrar quem é o monstro real dessa história.</div>
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Guilhermo Del Toro fez um seus melhores filmes com esse A Forma da Água, um conto de fadas pra gente grande, um filme fofo, mas também com uma boa dose de violência gráfica, um filme sobre a força do amor, mas não dissociado de sensualidade. Se a Academia pretende premiar esse homem com um Oscar, com certeza chegou o momento. Tem minha torcida.</div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-29125877481619971472018-01-20T14:01:00.001-08:002018-01-20T14:12:06.575-08:00Os 10 anos de Breaking Bad<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXO0SyYugrLa0VK05ntYn-1kE_1SL_r2jgOBGVOi7OR8wvwzLSgGwu604DbQP9bvEdIDYiS9G0gF4tEkB1ZPBsVN9-P-a92DnMk5JZNQTdoexcRK4pAOXQBo6Gz07dui4MPRmEh7Iq78DU/s1600/21225_breaking_bad.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXO0SyYugrLa0VK05ntYn-1kE_1SL_r2jgOBGVOi7OR8wvwzLSgGwu604DbQP9bvEdIDYiS9G0gF4tEkB1ZPBsVN9-P-a92DnMk5JZNQTdoexcRK4pAOXQBo6Gz07dui4MPRmEh7Iq78DU/s640/21225_breaking_bad.jpg" width="640" /></a></div>
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<br /></div>
Há dez anos atrás Heisenberg e Walter White entravam na cultura pop para marcar época. Para mim passou batido, primeiro porque há dez anos atrás eu nem era de assistir séries, também passou batido nos anos seguintes, só depois da série já ter se encerrado e por recomendação de um amigo é que fui encarar as cinco temporadas da história do professor de química com câncer que se transforma num maligno traficante de drogas.<br />
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Muita gente considera, meu amigo inclusive, essa como a melhor série de todos os tempos. É interessante pensar o que faz dessa série tão impactante para os fãs. Certamente um desse elementos é atuação fenomenal de Brian Cranston como Walter White evoluindo de um pacato, medroso e fracassado professor química e lavador de carros para um cruel assassino, sangue frio e temido chefe de tráfico Heisenberg. E seguindo a fórmula de sucesso de Conan Doyle, o personagem principal precisa de seu parceiro, esse é Jesse Pinkerman, personagem do qual vamos sentir pena, raiva, ódio, empatia, enfim uma miríade de emoções que cercam o parceiro de Walter, drogado, decadente, vivendo numa espiral de fracassos e a cada temporada ele tenta se erguer só para cair ainda mais fundo no poço escuro que é sua vida.</div>
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O drama não poderia estar completo sem o perseguidor implacável e o drama familiar, temos ambos reunidos num dos mais carismáticos e divertidos personagens da série Hank Schrader, implacável e competentíssimo agente da DEA, a divisão de combate ao narcotráfico dos Estados Unidos, também o tiozão do churrasco em casa, sempre tirando sarro, bebendo cerveja e fazendo piadas. Completando o drama familiar temos Skyler, esposa de Walter e única que conhece a vida secreta do marido, divida entre proteger o marido em nome da família e combater sua crise de consciência pelos crimes de seu marido. É através dela que vemos o quanto a personalidade de Walter vai se degradando ao longo dos episódios.</div>
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Os vilões da trama merecem um parágrafo a parte. A cada temporada temos um verdadeiro show na parte vilanesca da história, exceto na quinta. Tuco Salamanca, traficante mexicano, psicopata e a todo momento chapado, um dos personagens mais assustadores e loucos de todos. Seu exato oposto Gus Fringe, lidera a maior rede trafico dos Estados Unidos, sensacionalmente acobertados numa rede de Fast Foods chamada Los Pollos Hermanos, frio, calculista, sempre educado e elegante é um dos personagens favoritos da série, sua pose sempre ereta, seu vocabulário perfeito, seu sorriso elegante e olhos frios de assassino são uma imagens mais marcante da série, junto com a careca e cavanhaque de Walter White. Na lista ainda temos Mike, faz tudo de Gus, calado, mas mortal, frio e ao mesmo tempo vovô babão com sua netinha e por fim o resolve tudo Saul Goodman, advogado pilantra e fanfarrão, tão marcante que ganhou sua própria série.</div>
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A forma com que os criadores desenvolveram a série também é marcante. Walter é um gênio da química, mas sua caminhada para o mundo do crime não é fácil, pelo contrário é cheia de trapalhadas, algumas muito engraçadas, outras com consequências mais graves. Dramas familiares vão surgindo, bem como situações de violência extrema apresentadas hora de forma dramática, hora como humor negro, as decisões dos personagens hora te surpreendem, hora te enchem de raiva. Vários dos arcos têm finais frustantes, outros são sensacionais, de certa forma é uma série imprevisível. Situações absurdas também surgem para contrabalancear o hiper-realismo da série.</div>
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Também é importante frisar que o arco de evolução do personagem principal não é romantizado, somos colocados frente a um verdadeiro antiherói, em sua escalada no mundo do crime Walter White tomará decisões revoltantes, logo ele se torna de fato um vilão, ainda que os autores tenham minimizado isso com um final redentor, para mim infelizmente. </div>
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Enfim, um dos grandes méritos de Breaking Bad é conseguir criar um elo verdadeiro entre o espectador e seus personagens, cada um deles nos parece real, em suas qualidades e defeitos. Some a isso um enredo esperto, falas marcantes e imagens icônicas e estão aí os ingredientes de uma série que gostando ou não ficará marcada na sua mente.</div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-25732032200358204222018-01-09T06:43:00.002-08:002018-01-09T06:43:21.979-08:00Crítica: Jumanji - Bem Vindo a Selva<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_2AnLvCxJhpQQm8wmNsC4Lf5-Bcf5D6vfUMe2xi066L-8C5giFFq6QMIg3ugG3lVI8fWEupj2cjUf2gZwtWP9jwjOL-1yKCSSXQgP3p3X-g-n3HZZOvPfS-QLuq1hTNo5PofgOoSZbqw3/s1600/jumanji3_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="585" data-original-width="800" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_2AnLvCxJhpQQm8wmNsC4Lf5-Bcf5D6vfUMe2xi066L-8C5giFFq6QMIg3ugG3lVI8fWEupj2cjUf2gZwtWP9jwjOL-1yKCSSXQgP3p3X-g-n3HZZOvPfS-QLuq1hTNo5PofgOoSZbqw3/s320/jumanji3_1.jpg" width="320" /></a>Jumanji é um filme do qual eu não esperava gostar. Como era o melhor da programação do cinema aqui de Rio Branco, tirando Star Wars que eu já tinha visto, fui sem compromisso e sem nenhuma expectativa. E para minha surpresa adorei o filme. É aventuresco, é divertido, lúdico com clima de sessão da tarde para curtir com toda a família.</div>
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Minha maior preocupação era que o filme fosse uma repetição do original dos anos 90 com as tais atualizações para soar mais moderno. Bem, as atualizações estão lá, mas não é de forma alguma uma repetição da formula do filme original.</div>
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O novo Jumanji tem um pé inteiro na comédia e faz paródia com diversos clichês dos video-games, o próprio personagem principal vivido por Dwayne Johnson é uma, o Professor de faculdade fortão com pintas de Indiana Jones ou ainda a personagens de Karen Gillian que usa roupas minúsculas mesmo no meio da selva, além do coadjuvantes Kevin Hart e Jack Black interpretando um biólogo baixinho e um professor gordinho e são os responsáveis pelos melhores momentos de comédia do filme. </div>
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<br /></div>
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O filme ainda faz referência a um clássico dos filmes adolescentes Clube dos Cinco uma vez que começa justamento quando um nerd, um esportista, uma patricinha e a garota esquisita da escola se juntam na detenção, acabam encontrando o jogo e são transportados para Jumanji, faltou só o bad boy que foi substituído pelo personagens de Nick Jonas como o jovem preso há anos dentro do jogo, numa referência ou homenagem ao personagem de Robin Willians no original. </div>
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No fim, Jumanji - Bem Vindo a selva é uma aventura/comédia divertida e descompromissada, não há grandes aprofundamentos nos personagens ou drama, nem ao menos uma sensação real de ameaça. Até mesmo o vilão, que tinha potencial para ser bem mais assustador acaba sendo genérico e esquecível. O grande lance do filme é química entro os cinco personagens principais e como eles têm de descobrir aos trancos e barrancos sua função no jogo e nos fazendo rir horrores no processo.</div>
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Avaliação: ótimo</div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-12800601787352267462017-12-19T08:38:00.000-08:002017-12-23T08:26:57.821-08:00Os melhores de 2017 segundo o Seringueiro Voador<div style="text-align: justify;">
Fechando o ano de postagens no blog bastante satisfeito devo dizer. Muito texto ficou por ser publicado, muitos começaram, mas terminaram no limbo dos rascunhos, ainda assim, foi o melhor ano do blog desde 2009. Ano que vem completamos um ano de blog e pretendo escreve ainda mais que neste ano. </div>
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Olha, não sei se você é leitor fiel aqui ou está passando pela primeira e última vez, mas se for leitor constante, muito obrigado! Tentarei melhor ano que vem. </div>
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Fim de ano é época propícia para relembrar tudo de interessante que aconteceu esse ano, mas que por uma coisa ou outra acabou passando batido, geralmente eu faço isso relacionado a música, área com a qual tenho mais afinidade em escrever e de fato a área que eu mais tenho acesso a novidades. Esse ano vou falar de música, cinema, literatura, televisão e tudo de legal que aconteceu no âmbito cultural ao qual eu tive acesso.</div>
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A lista que segue não tem pretensões de realmente dizer o que foi MELHOR no ano corrente, mas de tudo aquilo que eu gostei, sem pretensões absolutas aqui. É o que eu vi, ouvi e gostei e recomendo para você. Vamos lá?</div>
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<b>Os melhores discos de 2017</b></div>
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<b></b><br /></div>
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<b>Songs of Love and Death - Me and That Man</b></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP0cAXDmpUTC1JGTnIqKIrtHG_W28RVkmPyAN_2mAwgMbZuxIARQjcUS8iDjXlRGJQK5Xh0_TFlLHlRdI_pOT3bV7YG5a7gK-irY9ICcZeSdEpScAYXgz4kDsSn3_RH2wsLgijpGUnb2T8/s1600/fe1b4e6600405677bd6285db6d3a630e.600x600x1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="600" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP0cAXDmpUTC1JGTnIqKIrtHG_W28RVkmPyAN_2mAwgMbZuxIARQjcUS8iDjXlRGJQK5Xh0_TFlLHlRdI_pOT3bV7YG5a7gK-irY9ICcZeSdEpScAYXgz4kDsSn3_RH2wsLgijpGUnb2T8/s200/fe1b4e6600405677bd6285db6d3a630e.600x600x1.jpg" width="200" /></a></div>
<b></b><br /></div>
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Projeto do lider da banda de Black Metal Behemoth uniu-se a um músico folck, ambos são poloneses, mas produziram um disco que nos leva diretamente ao interior dos Estados Unidos. Blues, country, rock'n roll de garagem está contido nessa pérola chamada Songs of Love and Death, as referências claras são Johnny Cash e Leonard Cohen. A beleza desse disco não pode ser resumida em meras palavras, tem que escutar.</div>
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<b>Is this the life we really want? - Roger Waters</b></div>
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<b></b><br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHjeBExZsZ-veEND6CdXeOQUwUWNXBVJX0wapjiLUQHjfG7i7tU5VlGI__KGmexAjbk70_7J8wLrZKGq9-2QBcTpx0olFKwe1yVyDyvkM9s8Sx-zx4jyglI0wfxbDNxx4iLgHiFs2OMcCS/s1600/is-this-the-life-we-really-want-cover.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="643" data-original-width="648" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHjeBExZsZ-veEND6CdXeOQUwUWNXBVJX0wapjiLUQHjfG7i7tU5VlGI__KGmexAjbk70_7J8wLrZKGq9-2QBcTpx0olFKwe1yVyDyvkM9s8Sx-zx4jyglI0wfxbDNxx4iLgHiFs2OMcCS/s200/is-this-the-life-we-really-want-cover.jpg" width="200" /></a>Já na casa dos setenta anos, trinta anos depois de seu último lançamento no estilo rock, Roger Waters volta com o seu melhor disco solo. A qualidade dessas canções é tão boa, que tivesse Mason na bateria e Gilmour solando na guitarra seria facilmente mais um disco do Pink Floyd, possivelmente o melhor desde The Wall, mas o mundo não é perfeito, a banda não retornou e ficamos mesmo com o melhor lançamento de Waters solo. </div>
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<br /></div>
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Mas não só musicalmente o disco é bom, porque também é um disco político de um músico que não tem medo que assumir posições bem definidas, defender aquilo que acredita com unhas e dentes e cantar sua insatisfação, sua revolta com o mundo a sua volta. Sem firulas, sem metáforas, Waters diz o que quer dizer, cita nomes e xinga na cara! </div>
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Não se faz mais músicos assim.</div>
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<b>From the Fires - Greta Van Fleet</b></div>
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<b></b><br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5jbyFenfmIy6gFjdgq1diPaDChuxkXHLS0jwX499z2Q5Ll6MYGobOt8QdQ8ncI55zyu_kCGVdCzdvt8C-8i1BLORVpKOGioCtFM9LtcU0mpFrZPNYtzZgK6MWNLVb2jJdb-LlMtuQluz-/s1600/gretavanfleetfromthefiresep.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="638" data-original-width="638" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5jbyFenfmIy6gFjdgq1diPaDChuxkXHLS0jwX499z2Q5Ll6MYGobOt8QdQ8ncI55zyu_kCGVdCzdvt8C-8i1BLORVpKOGioCtFM9LtcU0mpFrZPNYtzZgK6MWNLVb2jJdb-LlMtuQluz-/s200/gretavanfleetfromthefiresep.jpg" width="199" /></a>A melhor e mais legal revelação musical desse ano. O Greta Van Fleet vem na onda de bandas retrô que emulam o som dos anos setenta, esta no caso, uma nova versão do Led Zeppelin, que espanta pela qualidade e similaridade das canções. Seja nos timbres do vocalista, na guitarra, no baixo, na bateria todos os elementos da banda repetem o Zeppelin a perfeição e isso em composições próprias e originais que parecem ao ouvido desavisado novas canções do Led Zeppelin.</div>
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Obviamente eles não terão futuro se somente se limitarem a repetir o Led, é preciso trilhar caminho próprio. Ouvindo From the Fires é possível identificar todo o potencial que a banda pode seguir no futuro. Uma banda para observar com atenção.</div>
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<b></b><br /></div>
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<b>Pineal - Tagore</b></div>
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<b></b><b></b><br /></div>
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É uma banda difícil de descrever, mistura rock, pop e psicodelia ora soando como Luiz Gonzaga ora soando como Tame Impala. É excelente, não deixe de conferir.</div>
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<b>Everything Now - Arcade Fire</b></div>
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<b></b><br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXT7HOWiQU0FkWcy3oFqreJhkyD2j3Lq4VV0YZ4A8xgY1le87XOmmPuLwxEjMdIz3yAGwJyo6bVQ885KwS1xwM10OXiUj7Jx00QeDs1qZhWuEJA1kxTvSrMtv0Pxms8RHv7VTkeQAkStgJ/s1600/Everything-Now-1496342009-640x640.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXT7HOWiQU0FkWcy3oFqreJhkyD2j3Lq4VV0YZ4A8xgY1le87XOmmPuLwxEjMdIz3yAGwJyo6bVQ885KwS1xwM10OXiUj7Jx00QeDs1qZhWuEJA1kxTvSrMtv0Pxms8RHv7VTkeQAkStgJ/s200/Everything-Now-1496342009-640x640.jpg" width="200" /></a>O mais recente disco do Arcade Fire não superou seu antecessor, mas vá lá, é difícil chegar tão perto assim da perfeição, ainda assim é um disco notável. A proposta foi fazer um disco abordando tematicamente a cultura da imediatidade da internet e a insegurança da atual geração, nisso creio que eles conseguiram resumir bem a grande questão da juventude na canção Creature Confort, tematicamente a melhor do disco.</div>
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Musicalmente temos verdadeiras pérolas como Signs of Life, uma disco music dançante e a faixa título Everything Now com toques de ABBA. Merecem atenção também as delicadas e lindas canções Eletric Blue e We Don't Deserve Love. Um disco bonito e sensível.</div>
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Só perdoem a banda por Peter Pan. Todo mundo comete um deslize.</div>
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<b>Gods of Violence - Kreator</b></div>
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<b></b><br /></div>
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<br /></div>
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Gods of Violence é daqueles discos que faz a gente querer bater cabeça e entrar numa roda de mosh depois de se entupir de cerveja barata usando uma camisa preta encardida, jeans velhos e coturno preto. Mais METAL que isso impossível. </div>
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Se é sua praia não deixe de escutar essa belezura!</div>
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<b>Motherwood</b></div>
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<b></b><br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibfvObDIdgETEJUa2QhgkWOZ6zNn8hKyC4x21Dv8jeVK1XSxWXArcHX_xaIVVPPVjRNf_DtNNDX1dZGjy5ItN1fHOqm8HkA9FQ06zqr4VY9A1Mv9GE98Q8IpI1S5DEm0wGFsGglPoZK88d/s1600/6661792.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibfvObDIdgETEJUa2QhgkWOZ6zNn8hKyC4x21Dv8jeVK1XSxWXArcHX_xaIVVPPVjRNf_DtNNDX1dZGjy5ItN1fHOqm8HkA9FQ06zqr4VY9A1Mv9GE98Q8IpI1S5DEm0wGFsGglPoZK88d/s200/6661792.jpg" width="200" /></a>Essa banda brasileira de Black Metal caiu como uma luva para mim que até então tinha minha maior referência em metal extremo com toques de música ambiente no Burzum, que é aquele banda que a gente sempre escuta com a pulga atrás da orelha dada as posições políticas nazistóides de seu mentor Varg Vikernes.</div>
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<br /></div>
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Pois bem, o Motherwood bebe da mesma fonte e produz um Black Metal extremo, pesado e belíssimos repleto de passagens introspectivas, ao contrário do disco anterior, não convida ao mosh, mas à reflexão, à apreciação do som. Um excelente disco que mostra como está alto o nível do metal nacional. </div>
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<b>Lucifer Prometheus sun in aries 0º 0' 0'' - equinox - Lord Blasphemate</b></div>
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<b></b><br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSO4WYmZjkC7DLCcWSx0db_dIvnCYDaqltiEPU2_5l4bX4A-vmMV1Nf-uaY_YB6ytXahWI0jPKUv_dTqCXl1g8VhrsxR8TVSyWIVl0raCa4P8zZgpnwWO6dBBmRy5QLqzV8j02Tsj0WhNm/s1600/lord-blasphemate.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1075" data-original-width="1200" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSO4WYmZjkC7DLCcWSx0db_dIvnCYDaqltiEPU2_5l4bX4A-vmMV1Nf-uaY_YB6ytXahWI0jPKUv_dTqCXl1g8VhrsxR8TVSyWIVl0raCa4P8zZgpnwWO6dBBmRy5QLqzV8j02Tsj0WhNm/s200/lord-blasphemate.png" width="200" /></a>Nome grande né, pois bem esse é o novo disco do Lord Blaphemate, banda de black metal do Rio Grande do Norte, um dos melhores lançamentos em metal desse ano no Brasil. Num mesmo disco o caras mandam ver no Black Metal, Heavy Metal Clássico e até arrebentam num Prog Metal de 15 minutos lindo chamado "An Astral Journey Through of Kingdom of the Quliphots (Or the Kaballah of Satanas Panteu)". Ok eles precisam resumir esses nomes.</div>
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<br /></div>
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Mas a música é sensacional, eles são extremos, pesados, barulhentos pra caralho, mas também têm passagens belíssimas em piano, órgão, coral e até mesmo vocais femininos, até uns toques sinfônicos, ou seja é um disco de metal completinho. </div>
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<br /></div>
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Aliás, só faltou um Power metal espadinha... ou melhor, não faltou não. Vá ouvir esse disco! </div>
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<b></b><br /></div>
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<b>Volcano - Temples</b></div>
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<b></b><br /></div>
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Essa banda produz um pop com fortes raízes na psicodelia retrô, trazendo de volta um som que remete às bandas dos anos 60. Ou seja, o som é viajado e dançante, você não sabe se sacode o esqueleto ou chapa na canção ou as duas coisas. </div>
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Esse disco faz uma puta dupla com o pineal mencionado anteriormente. Recomendo!</div>
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<b>Quietude - Os Descordantes</b></div>
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Se você não se reconhecer em algumas das diversas desilusões amorosas cantadas pela banda, você pelo menos pode se emocionar e se embalar na música agradável e na poesia simples e objetiva das letras. Não deixe passar!</div>
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<b>Melhores Discos ao Vivo</b><br />
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Eu adoro discos ao vivo, o maior momento de um banda é quando ela mostra seu potencial no palco com a energia e a empolgação dos fãs a sua frente. Gravar um bom disco ao vivo é um arte de fato, pois é necessário uma execução impecável e enérgica por parte da banda, carisma por parte de seu frontman e obviamente o retorno desses dois elementos na forma como o público reage a música e tudo isso tem que ser muito bem captado na gravação. Então vejamos quem mandou bem esse ano:<br />
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<b>Ghost - Ceremony and Devotion</b><br />
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<b>B</b><b>lind Guardian - Live beyond the spheres</b><br />
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Nesse segundo disco a banda repete todos esses elementos apenas dando uma atualizada no repertório com canções dos discos mais recentes, todas soando muito, mas muito melhor ao vivo. Se você não conhece o Guardian, minha dica, comece pelos discos ao vivo.<br />
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<b>Massacration - Live Metal Espancation</b><br />
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O Massacration começou como uma piada e ainda é, mas é daquelas que a gente não cansa de ouvir.<br />
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<b>Rammstein - Paris</b><br />
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<b>Os melhores filmes e séries</b></div>
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<b></b><br /></div>
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<b>Bladerunner 2049 por Dennis Villeneuve </b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxkmsULKoqNBJNxss30X2kPt-HIrcUclEaNmcyrtRz6ELdU-EZGZMbcV0lQcrjD54iUdtdlXoKZsoiL8eYgsSuh6-m7CFn_g3RN5RVfGK7DDrPB6dTl_zKHnG4p-a6OIgviEe9sVtBRqVb/s1600/463146.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="973" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxkmsULKoqNBJNxss30X2kPt-HIrcUclEaNmcyrtRz6ELdU-EZGZMbcV0lQcrjD54iUdtdlXoKZsoiL8eYgsSuh6-m7CFn_g3RN5RVfGK7DDrPB6dTl_zKHnG4p-a6OIgviEe9sVtBRqVb/s320/463146.jpg" width="207" /></a></div>
<b></b><br /></div>
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Eu amei Star Wars, mas tenho que dizer que o prêmio de melhor filme do ano vai mesmo pra Blade Runner, filme aliás que flopou injustamente. É grande, é arrastado, mas é lindo, uma visão poética e devastadora do futuro onde máquinas são mais humanas e sentimentais que os próprios humanos. O filme resgatou muitos conceitos trabalhados no livro que o primeiro filme simplesmente descartou, como a relação entre homens e máquinas e o valor das coisas naturais, orgânicas.</div>
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E que final lindo aquele. Tô admirando cada vez mais o trabalho do Villeneuve e que venha Duna! </div>
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<b>Silence por Martin Scorcese</b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ITALRFIXo9P2-BcQ2Q_Z5gzmwKPHDrSpEEf7WX8xs3XetA9TDQW3OEf_e-t-C5AWHG949tX6OcwUC8w3pde4281tBF0Kmygn2KEw3w2ixGYUbMI4pbz7JDlxqVq4bpKiOwFxxVpogdvr/s1600/MV5BMjY3OTk0NjA2NV5BMl5BanBnXkFtZTgwNTg3Mjc2MDI%2540._V1_UY1200_CR69%252C0%252C630%252C1200_AL_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="630" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ITALRFIXo9P2-BcQ2Q_Z5gzmwKPHDrSpEEf7WX8xs3XetA9TDQW3OEf_e-t-C5AWHG949tX6OcwUC8w3pde4281tBF0Kmygn2KEw3w2ixGYUbMI4pbz7JDlxqVq4bpKiOwFxxVpogdvr/s320/MV5BMjY3OTk0NjA2NV5BMl5BanBnXkFtZTgwNTg3Mjc2MDI%2540._V1_UY1200_CR69%252C0%252C630%252C1200_AL_.jpg" width="168" /></a></div>
<b></b><br /></div>
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Fato é que o melhor de Scorcese é quando ele aborda a banda podre da sociedade, mas o diretor tem uma sensibilidade para o lado espiritual que não pode ser ignorada. O filme aborda fé, sofrimento, dor e silêncio de Deus perante tudo isso. A solução perpassa a fé, mas é a mais humana possível. Ninguém vai sair convertido ou desconvertido após um filme de Martin Scorcese, mas se assistir corretamente e com atenção vai sair com uma ou duas questões para reflexão na mente.</div>
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<b>Thor Ragnarok - Taika Waititi</b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI-VoxfYCsBSw8RGBgtfCvIfCoH89nRK4oTLn7vSrrcLMx8LZv4VGue965dLgRvnu47iHtbmnxeeN34IbR0iceDbVlTTYDLncI4oK8gX2OWqLRKAG1kX7EN1t5bMnkejEGWpNxjuw7QnHZ/s1600/20170911015733%2521Thor_Ragnarok_poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="758" data-original-width="513" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI-VoxfYCsBSw8RGBgtfCvIfCoH89nRK4oTLn7vSrrcLMx8LZv4VGue965dLgRvnu47iHtbmnxeeN34IbR0iceDbVlTTYDLncI4oK8gX2OWqLRKAG1kX7EN1t5bMnkejEGWpNxjuw7QnHZ/s320/20170911015733%2521Thor_Ragnarok_poster.jpg" width="216" /></a></div>
<b></b><br /></div>
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Muita gente destetou esse filme. Geralmente fãs das HQs do heroi. Bem eu nunca li a HQ e devo dizer que acho muito injusta as críticas a esse filme. Era fato que Thor não tava dando certo no cinema, eram os filmes mais fracos, o ator não tem o tino para drama e nem Antonhy Hopkins tava no seu melhor no papel. Logo o filme abraça o seu próprio absurdo e sai um ótimo e divertido filme de humor. Eu me divertido horrores assistindo. </div>
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<br /></div>
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<b>Poesia Sin Fin por Alejandro Jodorowski</b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmjdlrf1zkiRrKN-lRypJhmrmv6yOmRhVjluCZyAW3giDo93R4HS-RB_rIR2C5GB9px0d7VbgMZjr188uqK8OxbmytDfeWSMdnKYWpOCGzsI9nEL5kP1A-4jRJC-0kBzXG7r36j8aJ7MZI/s1600/poesia-sin-fin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1132" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmjdlrf1zkiRrKN-lRypJhmrmv6yOmRhVjluCZyAW3giDo93R4HS-RB_rIR2C5GB9px0d7VbgMZjr188uqK8OxbmytDfeWSMdnKYWpOCGzsI9nEL5kP1A-4jRJC-0kBzXG7r36j8aJ7MZI/s320/poesia-sin-fin.jpg" width="226" /></a></div>
<b></b><br /></div>
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Todo filme de Alejandro Jodorowski é bem louco, agora ele resolveu recontar a vida dele em filmes. Poesia Sin Fin aborda sua juventude no Chile quando decide a contragosto da sua família que será poeta. Após um rompimento traumático com seu Pai ele decide não só escrever poesias, mas viver a poesia.</div>
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O filme é bem surrealista, os personagens são caricaturas de pessoas que realmente existem e passaram pela vida de Alejandro, muitos recursos teatrais são utilizados em cena e claro, tem muita poesia.</div>
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É um filme bonito e estranho e você fica sem saber muito bem como se sentir após assistir porque a beleza e o bizarro parecem sempre caminhar juntos com Jodorowski. </div>
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<b></b><br /></div>
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<b>Star Wars VIII Os Últimos Jedi </b></div>
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<b></b><br /></div>
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Ainda não entendi por que o plural nesse filme, a Rey já é Jedi? Não precisa mais treinamento? A Força pega aponta pra um e pronto, Jedi. Enfim, se o primeiro filme ensaiou criar uma nova mitologia com um novo Império, um novo Imperador ou Sith ou coisa que o valha, um novo Vader, bem como uma nova escolhida pela força, uma nova aliança rebelde e tudo mais na velha estrutura Star Wars esse segundo filme veio pra bagunçar tudo, primeiro não explica quase nenhuma questão do primeiro filme e as questões que explica são de uma simplicidade exasperante, descarta vários personagens chave e trata a nova mitologia criada no Despertar da Força como lixo.</div>
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<br /></div>
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E isso é ótimo! Danem-se as repetições, agora o próximo filme será o mais imprevisível de todos. Para mim um grande acerto nesse filme e também ao mexer com as emoções daqueles que já admiravam a velha trilogia. Não tem momento mais bonito em toda a série do que a conclusão do arco de Luke Skywalker, aquilo foi perfeito pacas.<br />
<br />
<b>CORRA por Jordan Peele</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Sg4oQWPwnRQmnuKJUgY56tXYypwXe0XB0ozKq0IJrBvpQ7cmX6DALSRuZzDsAnkJB6W05hpVukZyd8LYBmVcG4RieZz5pEfV1zW90ngYqSlK-g6d5zmmVBrj8J5P7IknIlD_e2ScuqoL/s1600/577190.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1090" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Sg4oQWPwnRQmnuKJUgY56tXYypwXe0XB0ozKq0IJrBvpQ7cmX6DALSRuZzDsAnkJB6W05hpVukZyd8LYBmVcG4RieZz5pEfV1zW90ngYqSlK-g6d5zmmVBrj8J5P7IknIlD_e2ScuqoL/s320/577190.jpg" width="218" /></a></div>
<b><br /></b>
Esse filme sensacional foi uma das surpresas do ano! Terror psicológico, humor nervosa e muito sarcasmo. O filme transforma a questão do racismo em um mote de filme de terror. Com um crescendo no suspense de tirar o folego e uma conclusão realmente imprevisível. Um filme que merece muito ser visto.</div>
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<br /></div>
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<b>Twin Peaks - Terceira Temporada</b></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizOvQF7bV5pXpqSJ41obO565j4x12r4jBJmbT4r9cVSs7yJ6DwJlYA5I6cqumv-c-LTyfLOiiHe_T8EpmJmPNm-qOLP_13n9NZGBo3K4edm8n6Q35z51EgJw2w7sO-aFByeRkvqxWteAfo/s1600/twin-peaks-limited-event-series.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1181" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizOvQF7bV5pXpqSJ41obO565j4x12r4jBJmbT4r9cVSs7yJ6DwJlYA5I6cqumv-c-LTyfLOiiHe_T8EpmJmPNm-qOLP_13n9NZGBo3K4edm8n6Q35z51EgJw2w7sO-aFByeRkvqxWteAfo/s320/twin-peaks-limited-event-series.jpg" width="251" /></a></div>
<b><br /></b>
Todos os críticos são unânimes em atribuir a Twin Peaks, quando de seu lançamento no inicio dos anos 90, a causa de uma revolução na forma como a indústria do entretenimento enxergava as séries de TV. Agregando diversos elementos de suspense, terror, comédia e drama numa história de uma investigação de assassinato que começa simples e deságua no sobrenatural numa trama complexo e psicológica, David Lynch e Mark Frost mostraram todo o potencial da TV.<br />
<br />
Vinte e cinco anos depois Lynch retornou à pequena cidadezinha, agora para narrar uma batalha entre o bem e o mal, reavivar memórias nostálgicas e bagunçar nossa mente de novo com mais perguntas sem resposta. Unindo na série todo o seu talento para o humor e o bizarro, Twin Peaks tem tudo o que Lynch pode oferecer de bom, melhor série do ano!<br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É isso pessoal!<br />
<br />
Minha lista bem pessoal do que eu mais gostei do ano passado. Obrigadão a você que me leu durante esse ano. Estaremos de volta em 2018, escrevendo ainda mais!</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-24036773395547057112017-11-12T18:35:00.001-08:002017-11-12T18:36:02.510-08:00From the Fire - Greta Van Fleet<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXXMND3r_XATNu4kEhKk1J3TvfJMcbEXlYqtUDSpC98gQh0QT1dom_wyyMqNziTWfz6N8sAr_qKeOCd70bUd6fqXdWpNijdD5prnQv0Ab2QLFqG0xGFV7rAVY7RBTkkR6UxCRzDOYVdzfE/s1600/fromthefires.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="610" data-original-width="610" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXXMND3r_XATNu4kEhKk1J3TvfJMcbEXlYqtUDSpC98gQh0QT1dom_wyyMqNziTWfz6N8sAr_qKeOCd70bUd6fqXdWpNijdD5prnQv0Ab2QLFqG0xGFV7rAVY7RBTkkR6UxCRzDOYVdzfE/s320/fromthefires.jpg" width="320" /></a></div>
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O Greta Van Fleet, banda de rock americana formada em 2012 pelos irmãos Josh Kiszka, Jake Kiszka, Sam Kiszka, além do baterista Danny Wagner, foi uma das grandes revelações deste ano. Primeiro por seu EP de estréia "Black Smoke Rising", de 2017, onde a banda mostra uma hard rock poderoso, cativante e uma semelhança absurda com o Led Zeppelin. Dos riffs de guitarra, perpassando as viradas de bateria, as notas de baixo e principalmente os timbres vocais de Josh, assustadoramente parecidos com o do jovem Robert Plant. </div>
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A banda soa com o Led dos primeiros anos, particularmente o dos discos Led Zeppelin II e III, mas a força e qualidade das canções é tão grande que não parece uma cópia barata, a sensação é mais como ouvir material inédito do próprio Led. Exceto a canção título, que é um ponto fora da curva, todas as demais, a saber: "Higway Tune", "Flower Power" e "Safari Song" são puro Led Zeppelin redivivo. </div>
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Recentemente a banda lançou um segunde EP "From The Fire", este duplo, trazendo as quatro canções já apresentadas e quatro novas. Neste novo lançamento a banda expande seus horizontes trazendo mais elementos para sua música. "A Change is Gonna Come", por exemplo, traz um pomposo e belíssimo coral gospel numa balada hard rock. Assim como Meet On The Ledge, outra balada com corais pomposos, traz notas de rock setentista.</div>
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Eles parecem estarem inseridos nessa leva de artistas com sonoridade retrô que enxergam o futuro do rock'n roll dando uma cuidadosa e talentosa olhada para o passado. Nada mais justo. Sempre é possível explorar o passado em busca do futuro sem cair na cilada do plágio. "From the Fire" indica que a banda tem habilidade suficiente para crescer ainda mais. </div>
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Ainda é cedo para dizer se eles são de fato o novo Led Zeppelin ou se irão continuar o trabalho da onde o Led o deixou no passado. Mas uma única audição desse disco é o suficiente para mostrar que essa banda merece sua atenção. Um nome para prestar atenção no futuro e que tem potencial de crescer horrores no futuro, traçar um caminho parecido com o Ghost tem tomado. Eu particularmente torço para que seja assim.</div>
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Se você gosta de rock, se você gosta de Led Zeppelin, se você gosta de boa música, não deixe o ano terminar sem conferir. Tá nas plataformas de streaming. Corre lá.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDqdhXZzo7NRvBIUQgmBtiIx1MSgMlHh_g8e6QMyLgqE1aukUAL5pi8TOQiH3ZXQH-bRg3l6K0aJCCf7fZX92h-tFiVGJwtimpIJaqIl1tKGKHJxu0Jm6QGWhzXia62yDakRBRnb3AVRM7/s1600/Greta-Van-Fleet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="630" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDqdhXZzo7NRvBIUQgmBtiIx1MSgMlHh_g8e6QMyLgqE1aukUAL5pi8TOQiH3ZXQH-bRg3l6K0aJCCf7fZX92h-tFiVGJwtimpIJaqIl1tKGKHJxu0Jm6QGWhzXia62yDakRBRnb3AVRM7/s320/Greta-Van-Fleet.jpg" width="320" /></a></div>
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Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-61382850028903381262017-10-23T14:18:00.001-07:002017-10-23T14:18:05.124-07:00Somos como o sonhador que sonha e então vive dentro do sonho<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuf1vJsNKX2_1bRbv-M8tmhR4Kke1LhZUXQabw7BtDOXDjhD9Gz24Xpsuf12YcQ1O_K-tR5Rz9zNLH2eRg7hPatXwQbtyvmt8tiNSB7q7F-9tylxI0lviWy2LfFkmP9t_ldrDbbM3uHAiS/s1600/361273.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="1000" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuf1vJsNKX2_1bRbv-M8tmhR4Kke1LhZUXQabw7BtDOXDjhD9Gz24Xpsuf12YcQ1O_K-tR5Rz9zNLH2eRg7hPatXwQbtyvmt8tiNSB7q7F-9tylxI0lviWy2LfFkmP9t_ldrDbbM3uHAiS/s640/361273.jpg" width="640" /></a></div>
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Nunca fui fã de Twin Peaks até este ano quando resolvi enfim assistir a série para poder acompanhar os acontecimentos da recentemente lançada terceira temporada e já considero a melhor série do ano e pessoalmente a melhor série que já assisti. David Lynch e Mark Frost, criadores da série são geniais e Lynch especialmente ao dirigir todos os espisódios desta terceira temporada como um enorme filme.<br />
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O que fascina em Twin Peaks é que por um lado a série é uma novela, tal como aquelas da globo ou ainda como a série Game of Thrones, há mocinhos e vilões, tramas e traições, dramas e romances, mistérios e reviravoltas. Por outro lado desafia padrões de narrativa ortodoxos com personagens estranhos, silêncios constrangedores e situações oníricas que fazem duvidar da noção de realidade. Twin Peaks é um obra de fantasia, terror, ficção científica, comédia, tudo ao mesmo tempo. Difícil de definir, mas fácil de amar.<br />
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A história que começa como uma noveleta de suspense policial onde o agente especial Dale Cooper do FBI vai à pequena cidade de Twin Peaks solucionar o assassinato de Laura Palmer, a garota mais popular do colégio, no maior clima de O Silêncio dos Inocentes, e acaba evoluindo para uma trama sobrenatural em sua segunda temporada e nessa terceira temporada alcança seu ápice numa clássica narrativa épica do bem contra o mal. Claro, que novamente Lynch vai deturpar toda a narrativa colocando o personagem principal preso dentro do próprio corpo com amnésia, enquanto o vilão caminha livre sobre os Estados Unidos, os personagens secundário ganham mais relevância e recebem o encargo de levar a história adiante, outras várias subtramas se desenvolvem em paralelo sendo que nem todas terão uma conclusão no final, de fato, muitas delas sequer precisarão de uma conclusão.<br />
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E, claro, há o episódio 8 que é um marco, uma enorme quebra na linha narrativa, um flashback em preto e branco de uma hora quase sem diálogos onde as mais diversas imagens vão surgindo na tela, todas loucas e belíssimas parecendo alternar entre realidade, ilusão e sonho ou pesadelo, informações preciosas são reveladas, mas não explicadas abrindo possibilidades para as mais diversas teorias.<br />
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Falando em teorias, ao final após nos levar ao longo de toda a narrativa e nos ludibriar com a ilusão de uma conclusão para série, Lynch inverte toda a lógica de novo e nos faz questionar a própria realidade do que ocorreu ao longo dessas três temporadas de Twin Peaks num final brilhante, mas que deixa aquela sensação de vazio no espectador, vazio que várias teorias pipocando na internet já estão tentando preencher.<br />
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Se essa terceira temporada de Twin Peak foi o fechamento da carreira de David Lynch então ele o fez com chave de ouro.<br />
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Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-18569795443737824142017-09-20T11:18:00.002-07:002017-09-20T11:18:38.324-07:00A Coisa, enfim uma adaptação decente de Stephen King<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Z8TGAPsM4HYu1Qmc6oRMus3u8GX362tgBCBBemHVHjInryl-37rPROkfUB6vx_Tn5Ya7CMtaEXib_Etk-9HGv4t78xHLOy_nMW2UP4FszHAg5OOsE2Coqy6T92SKCTDxmUa300IYQGaX/s1600/it-movie-poster-homepage.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="292" data-original-width="560" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Z8TGAPsM4HYu1Qmc6oRMus3u8GX362tgBCBBemHVHjInryl-37rPROkfUB6vx_Tn5Ya7CMtaEXib_Etk-9HGv4t78xHLOy_nMW2UP4FszHAg5OOsE2Coqy6T92SKCTDxmUa300IYQGaX/s320/it-movie-poster-homepage.jpg" width="320" /></a>It ou A Coisa é um dos maiores clássicos do autor norte americano Stephen King. Um tijolaço que varia de 900 e tantas à mais de mil páginas dependendo da edição, a minha tem menos de mil, mas uma letra do tamanho de bula, lê-lo, aos quinze anos de idade, foi quase uma malhação pros bíceps. Pra quem gosta de terror, fantasia e prolixidade o livro é um deleite. Eu adorei quando o li, até chegar ao final, mas disso falaremos em outro momento.</div>
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A sinopse de It no livro começa falando de uma cidade assombrada no Maine onde sete crianças conheceram o terror pela primeira vez. A tal cidade é Derry uma pequena e pacata (pero no mucho) cidade do interior norte americano, aquele tipo de lugar idílico onde todo mundo se conhece e vive num ambiente de suposta tranquilidade e boa vizinhança. Mas tal tranquilidade é apenas uma fachada, uma presença aterrorizante vive nos subterrâneos de Derry, se alimentando de crianças e medo e as sete crianças, também conhecidos como o clube dos perdedores, são os únicos capazes de enfrentar a criatura.</div>
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A maior proeza de King em seu livro é criar, em prosa, uma cidade completa, em sua rica e sombria complexidade. Derry tem seus pontos de referências muito bem delineados, tem uma história longa e rica, contada através das pesquisas de Mike Hanlon, no livro ou Ben Hascon, no filme. Com liberdade, e espaço para escrever, King trata também de delinear o perfil psicológico da cidade, o que pode inclusive ser visto como uma verdadeira critica social à classe média norte americana. Isso porque, acima de tudo, Derry é uma cidade hipócrita. Na sua fachada cidadãos pacíficos e felizes, mas no fundo são cheios de ódio e rancor, como descobriu da pior forma Adrian Mellon (opa... ainda não é hora de mencionar ele... pra quem só viu o filme).</div>
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Nesse meio temos Pennywise, o monstro palhaço que habita nos esgotos de Derry. Um monstro que ataca e devora crianças se alimentando principalmente de seu medo. Parcimonioso, na tradução brasileira dos livros, é como uma encarnação de tudo de podre que tem na cidade, representado principalmente pelos adultos, que, de certa forma, são os grandes vilões da história. Como o pai pedófilo de Berverly, a mãe hipocondríaca de Eddie, os pais ausentes de Bill ou ainda o pai psicopata de Henry Bowers, uma criança corrompida pela maldade de Derry e vilão de segunda linha. Reforça essa visão o fato de que o palhaço é invisível aos adultos e sua matança histórica e periódica é ignorada pelas autoridades incapazes de ver que algum mal está a solta na cidade. Não seria de espantar que Pennywise fosse um ponto de conjunção de toda a maldade de Derry, uma abominação surgida do mal, nas palavras de Don Haggarty à Harold Gardener (calma, vocês vão conhecê-los) quando perguntado quem era o palhaco: "Era Derry, era esta cidade"</div>
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O filme, apesar da compreensível e inevitável necessidade de reduzir a história e seu contexto para encaixar na curta duração de um filme, conseguiu colocar em tela todas as diversas facetas do livro, algumas com mais enfoque outras com menos, obviamente. A coisa é muito mais que um palhaço, embora no filme ele praticamente só apareça nessa forma, questão de criar uma identidade visual bem definida. Os vilões adultos também estão lá, mas sua representação é mais leve que no livro, bem como hipocrisia da cidade também é mostrada, ainda que de forma sutil e não escancarada como livro, onde é perceptível que a cidade é a Coisa são uma só. Há também no livro uma viajada psicodélica cósmica envolvendo uma Tartaruga, mas isso filme optou por deixar de fora (ainda bem), vamos ver no segundo.</div>
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Quanto aos atores, que beleza de escalação, os atores mirins todos estão ótimos, representações perfeitas do livro, Bill Gaguinho é o líder nato, Richie é chato e boca suja, com um bônus, no filme ele é engraçado, no livro só chato, Eddie e Stan são os relutantes, Beverly é tão linda, ruiva e forte quanto no livro, Ben é inteligente e tímido e Mike é forte, o negro num mundo de brancos, ainda tendo que enfrentar o racismo que jamais sumiu na sociedade, principalmente quando se fala de Derry. O roteiro é excelente, não deixa pontas soltas, se por um lado corta muita coisa legal (e violenta), também corta muitos exageros (bizarros) típicos de King, leva bem ao pé da letra o bordão de Pennywise "Você também vai flutuar", no livro é mais uma força de expressão mesmo e dá um desfecho diferente, mas satisfatório a essa primeira metade da história, aliás diferente mesmo só o <i>modus operandi</i>, mas o resultado é o mesmo.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3r08ZOirux_djbEiQh_MjwnSeJSewkUSqEIovQmniV5Bb59i4XqlE3bwBsfTe157UhZEAmwRX7lxyiLn16eKqja6-QkIGF0oSVEJf499ulSAAzQQKQ_WABvMAsZ1KW2DQXEeL2XBZUaHi/s1600/it_2017_2_758_426_81_s_c1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="426" data-original-width="758" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3r08ZOirux_djbEiQh_MjwnSeJSewkUSqEIovQmniV5Bb59i4XqlE3bwBsfTe157UhZEAmwRX7lxyiLn16eKqja6-QkIGF0oSVEJf499ulSAAzQQKQ_WABvMAsZ1KW2DQXEeL2XBZUaHi/s320/it_2017_2_758_426_81_s_c1.jpg" width="320" /></a></div>
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O Terror fica só na nomenclatura já que não dá medo nenhum, muito mais uma versão dark e pesada dos Goonies ou, pra pegar uma referência mais contemporânea, Stranger Things, o fato de terem escalar um ator da série pra interpretar Richie Tozier só reforça isso. É a melhor adaptação de King desde O Nevoeiro (aquele do Frank Darabont, não aquela porcaria da Netflix) e aguardo com uma mistura de ânsia e cautela a segunda parte, o filé do livro é a história das crianças, a fase dos adultos é mais ou menos, os roteiristas vão ter que fazer um ótimo trabalho pra superar essa primeira parte.</div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-4691287470412504022017-09-08T14:48:00.001-07:002017-09-08T14:48:45.397-07:00O Nevoeiro 2017<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhepickUacoIt2vZjE94TEjWMv2FxPd38TgcyQLhFW_eeH8LhOYaUl-8ex01zgaA6VGQe2bRmvDinV8nVcClt4g4_xRxFw2og5YNW0F1dt5OE6E84URZwXmFwfOQ9RgJkRsMCgnsq-wEJFz/s1600/430828.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1105" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhepickUacoIt2vZjE94TEjWMv2FxPd38TgcyQLhFW_eeH8LhOYaUl-8ex01zgaA6VGQe2bRmvDinV8nVcClt4g4_xRxFw2og5YNW0F1dt5OE6E84URZwXmFwfOQ9RgJkRsMCgnsq-wEJFz/s320/430828.jpg" width="221" /></a></div>
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O Nevoeiro é um dos melhores contos de Stephen King. É a abertura da sua segunda antologia de contos chamada Tripulação de Esqueletos. Enorme como ele só é quase um livrinho separado dentro da antologia, merecendo até divisão em capítulos. Anos mais tarde foi transformado num filme melhor ainda pelas mãos do mestre Frank Darabont que já adaptou com maestria outras duas obras de King, a saber, Um Sonho de Liberdade e À Espera de Um Milagre. Mais cruel, mais visceral e pessimista que a própria obra escrita, o filme é um primor, o próprio autor reconheceu a reviravolta final de Darabont no filme superou a sua no livro.</div>
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E então veio a Netflix...</div>
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Eles não destruíram a obra, quem quiser uma excelente experiencia em fantasia, terror e tensão, pode buscar as obras referenciadas ali em cima. Porque com certeza não é o que vocês vão encontrar na versão na Netflixiana da obra.</div>
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Aparentemente, sem dinheiro para fazer um Nevoeiro decente, os produtores da série resolveram focar nos aspectos psicológicos da obra. Logo em vez uma bruma repleta de monstros que bobeou dançou, temos aí uma fumaça CG bem mais ou menos que mata aleatoriamente, é lerda e aparentemente sabe ler mentes e usar... bem eu não entendi se os piores medos ou as piores culpas das pessoas para matar elas, mas nem sempre as vezes aparece só alguma bizarrice tipo o rapaz transformado em mariposa gigante ou o cara das sanguessugas, enfim. </div>
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Acho que a pior coisa é que o Nevoeiro, tão letal na obra original, enquanto algumas pessoas não aguentam uma passagem num corredor cheio de névoa, outros saem correndo no meio dele, param, gritam pelos outros e até atravessam a cidade ilesos. Ou ainda enfrentam no mano a mano, com bastante sucesso, as aparições assassinas. </div>
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Mas assim como no original, o nevoeiro é apenas um pretexto, um elemento de tensão, porque o horror mesmo acontece através dos personagens humanos. Ou deveria. Particularmente, fora o heroico pai de família personagem principal.... pera aí vou aqui pesquisar o nome dele.... Kevin, então o Kevin começa a série incrivelmente chato, mas termina de forma primorosa quando, já nos últimos capítulos ele percebe que todos na cidade viraram uns cuzões de merda, não vou contar o que ele faz, iria estragar, mas se você enfrentar o marasmo até o final, vai se sentir recompensado.</div>
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De resto, temos, Alyssa Sutherland a rainda Auslaug em outro papel irritante (será que é a atriz?) como Eve esposa de Kevin e mãe de Alex uma jovem envolvida numa dramalhão de novela mexicana. Mais um punhado de coadjuvante chatos, desinteressantes que você só queria que o nevoeiro pegasse logo.</div>
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E vamos falar dos ahn... vilões.... nossa que reunião de vilões medíocres temos nessa série, temos a tensão fanática religiosa na pele de uma senhora New Age que nem de longe chega aos pés da assombrosa Sra. Carmody e sua arenga cristão apocaliptica, aqui vira uma palavreado manso sobre a natureza, a vida e a morte, Nathalie a nova porta voz do fim dos tempos, só consegue reunir quatro gatos pingados e ainda perde os dois no caminho. Temos o lobo em pele de cordeiro que só se revela ao final, patético, o segurança estérico, ridículo, o militar misterioso, irrelevante. </div>
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Por fim, outro defeito é que pelo visto, para os roteiristas, em situação de Apocalipse sobrenatural, ninguém é capaz de uma atitude racional, fazem burrices, coisas loucas e sem razão, sexo fora de hora e criam teorias mais patéticas que a Terra Plana pra explicar o fenômeno. </div>
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O que mais aterroriza em toda série mesmo é o gancho final para uma segunda temporada. Me arrepia pensar em mais dez episódios desse troço.</div>
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Vá por sua conta e risco! </div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkdBGyTKcO2B6Gc5Gp5lYJ2aBKSU5OEofbsGoqR79b_Dc-9o8o5YMLlZcX5KK1rWM1ESn-CxrJvJlj0X7-Cb19hGCEOU-Srp1tf4_8ivQQHG_kT3Q2j5eSfUdhL-BLnSImGDexb7fkNxHA/s1600/TheMistImage4.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="325" data-original-width="600" height="173" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkdBGyTKcO2B6Gc5Gp5lYJ2aBKSU5OEofbsGoqR79b_Dc-9o8o5YMLlZcX5KK1rWM1ESn-CxrJvJlj0X7-Cb19hGCEOU-Srp1tf4_8ivQQHG_kT3Q2j5eSfUdhL-BLnSImGDexb7fkNxHA/s320/TheMistImage4.jpeg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cena mais legal da série e acontece no primeiro episódio, de resto é só decadência.</td></tr>
</tbody></table>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-71172572229422817632017-09-04T09:08:00.003-07:002017-09-04T09:08:51.899-07:00Death Note (2017)<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL5N3W7g-aGyX_YVjZiQIF_5IZOYyNZ047ROlcv-7MSDLDm0-in1oR_fR0uzB3ssvz3pqvYp-3aBs7Wd4stDOZUFLvl-2NwNqI-Ymup46EfeXLlwL8pEHuX-S_-x_-5eLegz-ANf2ytlKM/s1600/death_note_ver4_xxlg.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="435" data-original-width="290" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL5N3W7g-aGyX_YVjZiQIF_5IZOYyNZ047ROlcv-7MSDLDm0-in1oR_fR0uzB3ssvz3pqvYp-3aBs7Wd4stDOZUFLvl-2NwNqI-Ymup46EfeXLlwL8pEHuX-S_-x_-5eLegz-ANf2ytlKM/s320/death_note_ver4_xxlg.jpg" width="213" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Light Turner é manezão<br />A verdadeira musa sociopata do filme.</td></tr>
</tbody></table>
Como você utilizaria um caderno que tem o poder de matar pessoas? Essa questão é crucial para compreender a diferença entre a produção norte-americana de Death Note da Netflix e o original japonês. Vamos lá: opção 1: você não mata ninguém conhecido, monta um esquema baseado em noticiários de televisão, monta um esquema inteligente para que ninguém descubra seu caderno ou Opção 2: você mata seu colega de escola, executa uma vingança pessoal com ele e o mostra pra aquela garota que você é afim, mas nunca falou com você.<br />
<br />
É nesse esquema que reside a maior fraqueza de Death Note, seu protagonista e também vilão, Light Turner é um jovem bastante mediano que recebe um grande poder e não sabe muito bem como lidar com ele, seu duplo animado japonês é um jovem gênio sociopata que decide criar um mundo novo executando bandidos da solidão de seu quarto e jamais duvida da justiça de seu comportamento e não tem um pingo de remorso em executar quem se coloque no seu caminho. Já o jovem Light Turner sofre várias crises de moral, exita em matar policiais ou pessoas que considere inocentes.<br />
<br />
Essa alteração é importante dado que boa parte da diversão do anime é que se tratava de uma trama novelesca envolvendo dois gênios, Light Yagami de um lado e o detetive esquisitão L do outro, ambos interpretando a consagrada rixa Sherlock Holmes vs Dr. Moriarty onde a cada episódio uma nova reviravolta gradativamente os ia deixando mais próximos um do outro.<br />
<br />
O filme decidiu não seguir por esse caminho. Primeiro que o drama principal ocorre entre Light e sua namorada Mia, essa sim a verdadeira psicopata da história, não demora para que a parceria amorosa entre eles se transforme em tensão e depois em rivalidade, no meio desse "quiprocô" entra L, bem fiel ao seu homônimo no mangá, mas reduzido aqui a um catalisador da tensão entre o casal assassino.<br />
<br />
A melhor coisa do filme é certamente Mia, adaptação da personagem original, Misa Amane, se no anime era uma personagem totalmente fetichizada: nova, mentalidade infantil, esbanjando sensualidade de uma mulher madura e totalmente submissa à Light Yagami. Aqui é uma personagem de personalidade forte, psicopata ainda maior que Light Turner, praticamente é dela a ideia de limpar os criminosos do mundo e ela que fica mais obcecada pela missão. A segunda melhor coisa foi Willen Dafoe como Riuk, o deus da morte metaleiro, um dos castings mais adequados da história do cinema.<br />
<br />
O estilo folhetim da série original, com uma reviravolta nova a cada episódio foi substituído pela linguagem de videoclipe: frenético, com muita informação sendo jogada a todo instante. Sabe aquelas cenas longas em que os personagens delineiam suas estratégias na mente do original, aqui não tem nada disso.<br />
<br />
Mas ao final não é um filme de todo ruim. É uma aventura adolescente razoável para as novas<br />
gerações.<br />
<br />
Ps. caso você queira conhecer a melhor versão de Death Note não deixe de pesquisar os dois live actions japoneses Death Note e Death Note - Last Name que adaptam toda obra de forma concisa e na minha opinião com o melhor final de todos.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjzLzR1KeVrtgw4CP_V40krlJV1cd7I5LaWxETHtjZLapufGDjirwojO_C-t6xAy3CRyhGKSWowdX3Bx9JYL6RdTg6-zlHkaeIlOcac1Agmisn3rz9UBkK3j4hxHApBtfW-9UdEXWK5w2N/s1600/DDVVSJoUMAA6lPH.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="436" data-original-width="290" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjzLzR1KeVrtgw4CP_V40krlJV1cd7I5LaWxETHtjZLapufGDjirwojO_C-t6xAy3CRyhGKSWowdX3Bx9JYL6RdTg6-zlHkaeIlOcac1Agmisn3rz9UBkK3j4hxHApBtfW-9UdEXWK5w2N/s320/DDVVSJoUMAA6lPH.jpg" width="212" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Deus da morte ou membro do Mötley Crüe?</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-86687223219717167402017-08-23T11:59:00.002-07:002017-08-23T11:59:53.579-07:00A influência do ABBA em duas ótimas canções de 2017Você conhece o ABBA? Certamente conhece. É um absurdo não conhecer ABBA. Mas caso não conheça é um sensacional grupo sueco de musica pop que fez sucesso nos anos 70 com clássicos como Dancing Queen, Money, money, money, The Winner Takes it all, Mamma Mia e mais uma longa lista de outras canções. Com certeza você já ouviu alguma.<br />
<br />
A banda terminou lá no ano de 1982 e, tal qual Led Zeppelin, nunca mais voltou. Mais de 30 anos depois de seu término continua sendo um nome relevante na música mundial e continua exercendo forte influência nos mais diversos músicos dos mais diversos estilos.<br />
<br />
Nesse ano me chamaram atenção duas composições, principalmente que têm em comum, além do fato de eu ter gostado delas, ambas terem forte influencia da sonoridade do ABBA. Ambas são alegres e dançantes, têm algo de retrô, mas são essencialmente canções atuais e cheias de personalidade.<br />
<br />
A primeira, de um dos grandes nomes do Rock Progressivo contemporâneo, Steven Wilson de seu mais recente disco To The Bone:<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/K0gryiltJo0" width="560"></iframe><br />
<br />
<br />
A segunda de uma das maiores bandas indies da atualidade o Arcade Fire, a faixa título de seu mais recente disco Everything Now:<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/zC30BYR3CUk" width="560"></iframe><br />
<br />
Aumente o som!Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-89188872523065260302017-06-23T20:52:00.001-07:002017-06-23T20:52:20.583-07:00Quando o Heavy Metal está para a contemplação<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Metal é música pesada, barulhenta
e muito estimulante. A maneira clássica de curtir o heavy metal consiste em
usar preto, fazer cara de mal, bater cabeça, no caso balança-la o mais
violentamente possível para cima e para baixo e por fim o mosh, jogar-se e
bater-se contra os outros fãs com a maior força possível (mas na paz, fique bem
entendido). Em resumo, essa é a imagem consagrada de como curtir de maneira
saudável um bom show de metal. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porém, há espécies de metal que
convidam a outro tipo de postura, mas calma e contemplativa. Curioso notar que
tal tipo de heavy metal ocorra justamente na sua vertente mais extrema e
sombria, o Black Metal. É o caso, cite-se como exemplo, do Burzum, projeto de
Varg Vikernes, uma das figuras mais controversas do metal, se não da música
como um todo, sua proposta nunca foi esse metal citado no primeiro parágrafo,
tanto é que ele jamais fez sequer um show ao vivo, aliás jamais tocou Burzum ao
vivo, exceto em uma série de vídeos curtos onde ele toca versões de “acústicas”
de suas músicas numa guitarra elétrica desplugada na frente de seu computador.
O objetivo de Vikernes com o Burzum era criar um outro estado, seus álbuns eram
planejados para uma audição solitária, concentrada, que em tese, levaria o
ouvinte a outro estado de consciência fazendo-o experimentar de fato o que era
tocado nas canções. Para causar esse efeito ele combinou o peso e distorção à
uma estrutura de música ambiente com músicas longas, riffs repetidos à exaustão
e lentas variações nos ritmos, tornando a música pesada quase num fundo musical
para medição. Certamente uma meditação muito mais sombria do que aquela
proposta pelo Yôga ou Mindfulness, mas ainda assim uma meditação. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A mesma sensação que me trouxe o
Burzum, também senti no trabalho de uma nova banda brasileira de Black Metal
chamada Motherwood. Não à toa o Burzum está entre as influências citadas na
página da banda, junto com Opeth, Emperor e outras. Eles lançaram um Ep chamado
Sadness cuja canção título ganhou um belíssimo clipe. A música é um black metal
pesado executado com maestria as influências das bandas citadas fazem-se sentir
em sua música longa, com riffs de guitarra repetindo-se criando uma música ambiente
sombria que casa com o tema proposto: a agonia da natureza perante à
ação do homem. O vídeo é ilustrado com lentas imagens panorâmicas em preto e
branco de florestas o que ajuda na imersão. Uma canção que apesar de tão pesada quanto qualquer Heavy
Metal convida mais à contemplação do que a “bateção” de cabeça.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Confira:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/9cDcLlE_0nk" width="560"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que me lembra de outro clipe.
Esse do ano passado, de uma banda francesa mais voltada par ao Trash Metal.
Para mostrar que heavy metal de contemplação não ocorre apenas no Black. É a
música Low Lands do Gojira. Sua construção é mais similar ao Trash Metal, ou
seja, numa comparação aqui estaríamos mais próximos do Metallica que do Burzum.
Mas há também aqui elementos que dão um ar de música ambiente a Low Lands,
casados com imagens belíssimas, oníricas. Foi um dos clipes mais bonitos que vi
no ano passado e agora compartilho aqui. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Verdade que nos minutos finais
Low Lands perde essa aura contemplativa e caí num trash pesadão, mas até lá
ouça e viaje nas belíssimas imagens que se descortinam a sua frente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enfim, trago esses dois clipes só
pra demonstrar que metal é peso e é brutalidade, mas também é contemplação e
beleza. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/7j03lu6SBR8" width="560"></iframe></div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-4468462705620947522017-06-04T09:44:00.001-07:002017-06-04T09:44:02.897-07:00Is This The Life We Really Want? - Roger Waters<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdrQUxVTe8NsM61bEWXjkYvgPDZOweQR5e2X99xa3epgGTA_l_4Og-cMd21CnUS9u8D7_RPNGincuwsJmxHLQ3xzThGSDva8EgKtQM_7DQYcVNeryKldUgAQy2_ihAwS9FH8XuPhe8eYeX/s1600/roger-waters-is-this-the-life-we-really-want-cover.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdrQUxVTe8NsM61bEWXjkYvgPDZOweQR5e2X99xa3epgGTA_l_4Og-cMd21CnUS9u8D7_RPNGincuwsJmxHLQ3xzThGSDva8EgKtQM_7DQYcVNeryKldUgAQy2_ihAwS9FH8XuPhe8eYeX/s320/roger-waters-is-this-the-life-we-really-want-cover.jpg" width="320" /></a>Vinte e cinco anos depois de seu
último disco de rock e aos 73 anos de idade Roger Waters continua inconformado.
Ele esteve inconformado nos anos 70 quando fez "The Wall", ele esteve
inconformado nos anos 80 quando fez "The Final Cut" e "Radio Kaos", ele esteve inconformado
nos anos 90 quando lançou "Amused to Death" e agora, na segunda década do século
XXI o baixista do Pink Floyd continua inconformado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Inconformado com a situação dos
refugiados, inconformado com Israel, de fato, puto da vida com Trump, e,
provavelmente e acima de tudo, inconformado com o fato de, depois de ter
passado os anos 80 sob a sombra dum holocausto nuclear (vide os finais trágicos de Final Cut e Radio Kaos), as pessoas ainda terem de viver com medo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa é a vida que realmente queremos? Pergunta
o músico já no título de seu novo disco, provavelmente o título mais relevante
que ele poderia dar nos dias atuais. Primeiramente é bom ressaltar que o novo
disco de Waters é um disco político, seu questionamento não é filosófico, não
trata de questões introspectivas, mas sim de temas atuais e certeiros,
sendo que o principal deles ainda é o medo como guia da vida moderna.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span lang="EN-US">“Fear, fear drives the mills of modern man<br />
Fear keeps us all in line<br />
Fear of all those foreigners<br />
Fear of all their crimes<br />
Is this the life we really want? (Want, want, want, want)<br />
It surely must be so<br />
For this is a democracy and what we all say goes”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span lang="EN-US"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O discurso poderia soar datado, não
muito diferente dos seus discos dos anos 80, mas soa totalmente atual e
plausível para os nossos dias. O próprio músico parece perceber isso,
já que após uma breve introdução “When we were Young” a faixa seguinte a abrir os disco se
chama “Dejá Vú” cuja letra é a gêmea mais sarcástica e amarga de “If” dos
tempos do “Atom Heart Mother”. Já “The Last Refugee” tem a beleza
cinematográfica aliada à dureza lírica que havia em “The Final Cut”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em vários momentos a sonoridade deste
disco remete tanto a "Final Cut" quanto a "Animals" dois grandes discos politizados
da época do Pink Floyd, “Smell the Roses” por exemplo encaixa-se perfeitamente
no estilo do segundo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A trinca final são três canções de
acento folk conectadas entre si, tanto tematicamente quanto melodicamente, são
mais melódicas e leves e, diferente do que faria o Waters dos anos 80, terminam
o disco com um toque mais esperançoso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O disco pode até não alcançar o
patamar dos clássicos do Pink Floyd (pra mim faltou só uma certa guitarra pra isso, nós sabemos bem de quem), mas com certeza é um dos discos mais relevantes
desse ano. Roger Waters é daqueles que ainda creem no poder da música como um
catalisador de mudanças e se a mudança não vier, pelo menos é a trilha sonora mais bela que podíamos
ter pra nossa decadência. Ouça!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<iframe allowtransparency="true" frameborder="0" height="380" src="https://open.spotify.com/embed/album/2XhQwji1ixgjca0XzkiTek" width="300"></iframe></div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-13504409822586722972017-05-17T11:24:00.002-07:002017-05-18T09:05:13.282-07:00Os Descordantes - Quietude<div style="text-align: justify;">
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWbFeoQ_WZjARJANr860Pe6qAFkbh9IsxgLrV4XI2REqnd4E54X0epCjU0oz1cbmoI8xjv3-z2aEVFmrUpS8nV7JyubxiHLE8DKtEw6D1f3gk1i1TpT7XJOm8cQ08h-sfCzdfK1-sTcAHt/s1600/QuietudeCOVER.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWbFeoQ_WZjARJANr860Pe6qAFkbh9IsxgLrV4XI2REqnd4E54X0epCjU0oz1cbmoI8xjv3-z2aEVFmrUpS8nV7JyubxiHLE8DKtEw6D1f3gk1i1TpT7XJOm8cQ08h-sfCzdfK1-sTcAHt/s320/QuietudeCOVER.jpg" width="320" /></a><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">A música romântica sempre fez sucesso no
Brasil, do rock ao sertanejo universitário, perpassando pela MPB e o samba, os
temas de amores impossíveis, perdidos, encontrados, reencontrados, iludidos e
desiludidos, sempre tiveram boa sintonia com o público. Independente do estilo,
há uma facilidade do público de se reconhecer nessas histórias cantadas, para
cada situação amorosa que se passar na vida há uma música em algum lugar que serve
como expressão perfeita para os seus sentimentos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Os Descordantes entenderam bem essa demanda,
cantando desilusões amorosas em diversos estilos: rock, mpb, samba, brega, pop,
evitando delimitar-se em um estilo único e denominando-se apenas como música
romântica. Resultou em se tornarem uma das bandas mais queridas da noite
Rio Branquense e em seu primeiro disco "Espera a Chuva Passar", um
compilado de todas as canções já executadas ao vivo ao longo dos anos, com
algumas inéditas. Se o disco não deixou os músicos ricos, com certeza foi
um sucesso entre seu público. Tanto que animou a banda a lançar mais um e assim
chegamos ao segundo disco "Quietude".<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">O novo disco é um trabalho mais homogêneo
que o anterior, calcado na MPB, trazendo referências a outros estilos e com
toques retrô que, a mim pelo menos, remeteram à música romântica das décadas de
50/60. As músicas casam bem com o título "Quietude", mais calmas,
leves e introspectivas. A canção de abertura, "Trem Fora dos Trilhos"
já mostra a que veio o disco, ao invés dos pesados acorde de guitarra que abrem
"Espera a chuva..." aqui é um piano suave que abre os trabalhos numa
canção que me remete, em momentos, ao Radiohead da época do The Bends.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Meus destaques vão, em primeiro lugar,
para "Desamor", segunda canção do play, de cara a minha favorita e a
mais rock'n roll de todas, ela é seguida pela divertida "Iguais" de
clima muito agradável, com direito a corinho de "ulálá's", perfeita
pra bailezinhos retrôs anos 60. Na sequência a desiludida
"Simplesmente" evoca o clima de “sofrência” do primeiro disco, não me
chamou muito a atenção de primeira, mas ela vai crescendo na nossa mente, hoje
já me pego cantando-a do início ao fim. Pra encerrar os destaques, o brega
descarado volta lá pro fim do disco com "Vai Ver", essa utilização
inteligente da música brega (daquele tipo que fazia sucesso nas rádios na vozes
de Odair José, Reginaldo Rossi entre outros) sempre foi o grande diferencial
dos Descordantes, fiquei feliz em ver que eles não esqueceram de prestar sua
homenagem ao estilo nesse disco.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Se senti falta de algo, foi de uma maior
variedade musical, como disse lá em cima o "Espera a chuva..."
transitava, com naturalidade, por vários estilos: rock ("Descrença" e
"Porto e o Rio"), samba ("Amigo Amarelo"), brega
("Hombridade" e "Sair Daqui"). Quietude me parece mais
focado na MPB, não que isso seja um defeito em si, é mais pra uma impressão
pessoal mesmo. Já estou pela décima audição do disco desde que recebi minha
cópia (digital) e posso afirmar que essas canções vão crescendo a cada vez que
se escuta o disco.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Com Quietude, os Descordantes fincam bases
sólidas em sua identidade musical, sólidas o suficiente para sustentar um
terceiro disco, se não vários outros.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Audição mais que recomendada.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Os Descordantes - Quietude<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Diego Torres - Guitarra/Vocal<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Saulo Melo - Baixo<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Heriko Rocha - Teclado<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">George Naylor – Bateria<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz1O_vMGpb9XsOE9x5Uc4Pg-Hp1GAso4rbAC0Y6FcHXJKCViUqjurTz9aIiLJBZWWZ873gMNCRw_1m8c4HaCIF1gyrxD1HDIwmQPDDCSv1b5osdjeKXg_kJrMQUZEQwlpTdCfdtoI08KuF/s1600/18199233_1364260600306997_7763886371617062962_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz1O_vMGpb9XsOE9x5Uc4Pg-Hp1GAso4rbAC0Y6FcHXJKCViUqjurTz9aIiLJBZWWZ873gMNCRw_1m8c4HaCIF1gyrxD1HDIwmQPDDCSv1b5osdjeKXg_kJrMQUZEQwlpTdCfdtoI08KuF/s640/18199233_1364260600306997_7763886371617062962_n.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-32203472029501158502017-04-09T17:14:00.001-07:002017-04-09T19:36:43.642-07:00Songs of Love and Death - Me and That Man<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRMhNFv_LP5Fr5lXT0ACE_atBdN0iDSdR-fnBRQ3lIvqQIgr1vJFVJvG_wbgtVLFK2qhjo4SEOwGKv0EOqboJPyvWskEFsZXOvZbO5_-qfYpkH2lrVhhzoEhrg05zWUVOUX7vL9xpwEubh/s1600/16179078_2188271418063662_6086495823004247876_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRMhNFv_LP5Fr5lXT0ACE_atBdN0iDSdR-fnBRQ3lIvqQIgr1vJFVJvG_wbgtVLFK2qhjo4SEOwGKv0EOqboJPyvWskEFsZXOvZbO5_-qfYpkH2lrVhhzoEhrg05zWUVOUX7vL9xpwEubh/s320/16179078_2188271418063662_6086495823004247876_o.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">John Porter (esquerda) e Nergal (direita)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Pra quem está acostumado a ouvir Nergal pesado e extremo como líder da banda de Death Metal Behemoth certamente achará estranho e inusitado seu novo projeto Me and That Man. Aquele homem do título trata de um artista do folk chamado John Porter. Juntos ambos trazem luz (ou sombras) a um projeto com influencias como Johnny Cash e Leonard Cohen (repare na semelhança com o clássico Songs of Love and Hate). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O resultado de um músico de death metal polonês fazendo música tipicamente americana não poderia ser melhor. Songs of... é possivelmente um dos melhores lançamentos do ano. Ao escutar o disco se tem a impressão uma gravação realizada no sul do Estados Unidos, mais provavelmente em Nashville. Temos country sombrio em My Church is Black, que soa como se Johnny Cash tivesse perdido a fé e se revoltado contra Deus; temos blues em Nightride, Shaman Blues, Magdalene, etc.; temos o garage rock de Better The Devil I Know e da canção título Love & Death. Sem um sinal de gutural, Nergal solta um vozeirão grave e profundo, um Cash das trevas, que casa perfeitamente com a voz mais rasgada e áspera de John Porter. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A temática das letras, não muito diferente do próprio Behemoth, continuam sombrias, blasfemas e despudoradas, afinal que outro artista bota um coral de crianças pra cantar tal refrão:</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #444444; font-size: 19px;">We aint coming for forgiveness</span><br style="color: #444444; font-size: 19px; text-align: start;" /><span style="color: #444444; font-size: 19px;">We’re not paying for our sins</span><br style="color: #444444; font-size: 19px; text-align: start;" /><span style="color: #444444; font-size: 19px;">We betrayed you our sweet Jesus</span><br style="color: #444444; font-size: 19px; text-align: start;" /><span style="color: #444444; font-size: 19px;">We have chosen hell on earth</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 19px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca o despudorado deboche de Nergal ao cristianismo soou tão belo quanto nesse disco. Não deixe de conferir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allowtransparency="true" frameborder="0" height="380" src="https://embed.spotify.com/?uri=spotify%3Aalbum%3A4qC1kLsimw9VxDuYGfrQhf" width="300"></iframe></div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-82437689639071897152017-04-01T15:40:00.001-07:002017-04-01T15:41:39.206-07:00Resenha - Emperor of Sand do Mastodon<div class="" data-block="true" data-editor="9kup5" data-offset-key="2shcg-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2shcg-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpyHqDOLnZhTtbRG95f3WZ2pHye3E_YHqgfE8N1Ewx8mBiFAakj1w99bcZjpHL2Jig8xwNCqnjb5YtbLv2Y3L3Xb9cZ6yVRRbGolEPQrUbG42zPhwE0Nh2EYlSL5wTImd4h-TBc9cdTUTw/s1600/Mastodon-Emperor-of-Sand.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpyHqDOLnZhTtbRG95f3WZ2pHye3E_YHqgfE8N1Ewx8mBiFAakj1w99bcZjpHL2Jig8xwNCqnjb5YtbLv2Y3L3Xb9cZ6yVRRbGolEPQrUbG42zPhwE0Nh2EYlSL5wTImd4h-TBc9cdTUTw/s320/Mastodon-Emperor-of-Sand.jpg" width="320" /></a><span data-offset-key="2shcg-0-0"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span data-offset-key="2shcg-0-0"><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Com um dos melhores trabalhos de vocal de sua discografia, além dos tradicionais peso, técnica e groove, que são marca registrada do Mastodon, esse novo disco supera seu antecessor, embora, do meu ponto de vista, não supere a excelência de The Hunter.</span></span></div>
</div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2shcg-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Emperor of Sand traz um toque mais melódico às canções, que longe de lhes tirar o peso, enriquece-as dando ares ora épicos (</span><i style="font-family: "helvetica neue", arial, helvetica, sans-serif;">Jaguar God</i><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">), ora introspectivos (</span><i style="font-family: "helvetica neue", arial, helvetica, sans-serif;">Roots Remain)</i><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">. Conta ainda com a canção mais pop da banda "</span><i style="font-family: "helvetica neue", arial, helvetica, sans-serif;">Show Yourself</i><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">", cativante à primeira audição.</span></div>
</div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9kup5" data-offset-key="bps6n-0-0" style="background-color: white;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bps6n-0-0" style="color: #1d2129; direction: ltr; font-size: 14px; position: relative; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue", arial, helvetica, sans-serif;">Há uma utilização maior dos vocais do baterista Bran Daylor, mais limpos, além do que Troy Sanders (baixo) e Brent Hinds (Guitarra) ambos vocalistas também, aliás os principais vocalistas na fase inicial da banda, vêem reduzindo o gutural e cantando mais limpo. O que pode tirar a agressividade do som, por outro lado abre horizontes pra banda explorar seu lado mais pop e produzir hits mais palatáveis para quem não é iniciado ao som.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue", arial, helvetica, sans-serif;">Arrisco a dizer que esse é o disco mais leve da banda, ainda que soe como uma pedrada pra quem não é do meio do Heavy Metal, e o Mastodon parece contente em seguir por esse caminho. E eu tenho me agradado demais com esse viés, embora adore a primeira e mais agressiva fase da banda (dica: é ótimo pra se exercitar), essa nova fase tem mostrado que os músicos, além de competentíssimos compositores de Metal, também são ótimos compositores de melodias.</span></div>
</div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bps6n-0-0" style="color: #1d2129; direction: ltr; font-size: 14px; position: relative; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue", arial, helvetica, sans-serif;">Gostei e recomendo. </span></div>
</div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bps6n-0-0" style="color: #1d2129; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 14px; position: relative; white-space: pre-wrap;">
<br /></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bps6n-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="color: #1d2129;"><span style="font-size: 14px; white-space: pre-wrap;"><iframe allowtransparency="true" frameborder="0" height="380" src="https://embed.spotify.com/?uri=spotify%3Aalbum%3A1VzmKgEG38fsUBZVe15wuF" width="300"></iframe></span></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bps6n-0-0" style="color: #1d2129; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 14px; position: relative; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bps6n-0-0" style="color: #1d2129; direction: ltr; font-family: inherit; font-size: 14px; position: relative; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-85216089169700329912017-03-12T13:02:00.001-07:002017-03-12T13:02:57.130-07:00Celulares e Gorilas - dois filmes com Samuel L Jackson<div style="text-align: justify;">
Sou fã de Samuel L Jackson desde seu famoso monólogo Ezekiel 25, 17 em Pulp Fiction e sinceramente acho ele um excelente ator. Porém, Jackson, apesar de talentoso, parece não se importar muito em fazer filmes B, aliás, não se importa em fazer filmes toscos mesmo, como esquecer o clássico Serpentes a Bordo ou aquele dos tubarões cujo nome nem lembro. Com certeza ele tem cacife suficiente para escolher só filmes fodões pra estrelar, mas acho que o maior interesse do velho Jackson é mesmo se divertir fazendo seu trabalho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Particularmente não me importo, até me agrada saber que posso ver um dos meus atores favoritos brilhando num filme do cacife de Tarantino, num blockbuster da Marvel ou na produção B de um diretor que nunca ouvi falar com dois ou três filmes igualmente desconhecidos no currículo. O problema é quando o filme, além de B, é ruim e apesar de ter Samuel L Jackson ele atua tão mal quanto um ator de novela religiosa da Record, como ocorre no filme abaixo:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Cell (2016) - de Todd Williams </b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLQ5s60njDHxMxb9_2I4PTbt5y2ZHMeBy6I2nB7S4Osil6T39ckyVzDziKnWfwvZRQ0s9Fy8ELra5XtYMMswS0s7hvMv2oyJ5Q95j_Qb7BbelPQnUxz4wTrDg4cyUsh7lVIX6WWU0yK5hU/s1600/Cell_2016_film_poster_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLQ5s60njDHxMxb9_2I4PTbt5y2ZHMeBy6I2nB7S4Osil6T39ckyVzDziKnWfwvZRQ0s9Fy8ELra5XtYMMswS0s7hvMv2oyJ5Q95j_Qb7BbelPQnUxz4wTrDg4cyUsh7lVIX6WWU0yK5hU/s320/Cell_2016_film_poster_2.jpg" width="215" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Num belo dia um artista gráfico, Clay Riddel, desembarca no aeroporto de Boston quando todas as pessoas ao seu redor enlouquecem de uma vez e começam a agredir bestialmente umas as outras devido um sinal misterioso que sai dos celulares. Armado unicamente com seu portfólio, já sacando que tem uma parada apocalíptica rolando ele parte rumo a sua casa para salvar sua família (o clássico herói americano), no caminho ele encontra seus companheiros de jornada Tom e Alice, dois personagens convenientemente sem família pra salvar, que na falta de coisa melhor que fazer seguem com Riddel na sua jornada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lá fora o mundo tá dominado pelos zumbis (?), boto a interrogação, porque os sujeito não comem gente, simplesmente matam e depois começam a transformar os outros em zumbis também, mas não mordendo, lembra do sinal que saia do celular, pois então, ele começa a sair da boca dos sujeitos e enlouquecem (zumbificam) quem escuta esse troço perto do ouvido. No mais é isso, eles vão viajando por ambientes desertos com relativa segurança já que os tais zumbis desligam a noite, encontram outros sobreviventes e vão avançando até chegarem no final mais anti-climático possível. Tá vendo essa foto aí em cima, que remete a algum clássico de George Romero, pois é, lorota, mal aparecem cinco zumbis por cena e não vi helicópteros no filme.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O filme é baseado no livro Celular do Stephen King, que na moral, já escreveu coisas melhores, mas o livro até traz umas premissas interessantes, que bem exploradas por um bom diretor e roteirista podiam ter deixado esse filme muito mais interessante. Os zumbis são telepatas, comunicam-se entre si e funcionam como um organismo único, a noite todos param e ficam ouvindo uma misteriosa música que sai de seus aparelhos celulares e outros equipamentos eletrônicos que são reunidos pelos próprios zumbis. Com o tempo essa telepatia começa a afetar também os sobreviventes que são guiados contra a vontade para onde os zumbis desejam que eles vão, ou seja, além do incomodo fato de ter que lidar com o fim da civilização como a conhecemos e sobreviver a ataques de zumbis, nossos heróis precisam lidar com o fato de que os falecidos leem mentes e sabem exatamente tudo o que eles estão pensando. O plano pra deter as criaturas envolve uma trama até bastante engenhosa envolvendo o suicídio do cara de teve o plano e Clay Riddel, nosso heróis tendo que dar uma de Sherlock Holmes e sacar de última hora qual a ideia do sujeito pra destruir os zumbis telepatas. Isso ocorre lá pelas ultimas partes do livro e é a parte mais interessante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ocorre que no filme isso é aproveitado tão superficialmente que deixa até de fazer sentido, principalmente levando em conta o final sem noção, aliás, noção tem, não teve foi graça. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Onde Jackson entra nessa história, ele faz o papel de Tom, o amigo de Clay Riddel, que é interpretado por John Cusack e só posso pensar que tanto Jackson quanto Cusack tavam devendo um favor a alguém pra terem feito uma atuação tão ruim e de má vontade, ambos estão no piloto automático, não conseguem fazer outra expressão que não a de tédio. O mundo tá acabando ao redor e eles com cara de fila de banco. Credo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse filme podia ter sido dirigido por Eli Roth, que provavelmente não teria um pingo de respeito pelo roteiro de Stephen King (sim, foi o próprio escritor que conseguiu estragar ainda mais a própria história) e quem sabe teria entregado um filme decente. Isso já ocorreu antes em O Nevoeiro e ainda antes com o Iluminado, Kubrick transformou um livro bom num filme clássico, King odiou, mas se for pra King amar as adaptações de seus livros e entregar coisas como Cell, seria bom que os diretores dessem um foda-se pro que pensa o escritor. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Kong - A Ilha da Caveira (2017) - de Jordan Vogt-Roberts</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhretjU-4L7CUPRBPOkEO8nbQgWxEI4pPgV-gPIMBbdLvjIy8JmI8WZQzr67gkjc6At8yEK34ujAzMznF0RdSfRSYOo0hp2k1l_rIG7xK5NGYIAqgijIddxnPIYtuaf8YpleDfm4HuQYQ7/s1600/MV5BMTUwMzI5ODEwNF5BMl5BanBnXkFtZTgwNjAzNjI2MDI%2540._V1_UX182_CR0%252C0%252C182%252C268_AL_.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhretjU-4L7CUPRBPOkEO8nbQgWxEI4pPgV-gPIMBbdLvjIy8JmI8WZQzr67gkjc6At8yEK34ujAzMznF0RdSfRSYOo0hp2k1l_rIG7xK5NGYIAqgijIddxnPIYtuaf8YpleDfm4HuQYQ7/s1600/MV5BMTUwMzI5ODEwNF5BMl5BanBnXkFtZTgwNjAzNjI2MDI%2540._V1_UX182_CR0%252C0%252C182%252C268_AL_.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
A nova releitura do clássico filme do Gorilão também tem a participação de nosso querido Samuel L Jackson, que aqui também, não entrega todo seu potencial de atuação, mas comparado a Cell essa atuação valia até um Oscar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O filme acompanha a história de Bill Randa um executivo, empresário, sei lá o que de uma empresa que leva uma expedição a uma ilha desconhecida (no pacífico? Deve ser, sempre é no pacífico, não lembro bem desse detalhe), isso logo após o final da Guerra do Vietnam. Na expedição estão a tropa do Coronel Preston Packard (Jackson) o clássico chefão militar enlouquecido pela guerra, aliás, frustrado pela rendição dos Estados Unidos e louco pra comprar e vencer uma briga nova. Mas além das tropas Randa precisa de um especialista em sobrevivência na selva e vai a um puteiro na China encontrar James Conrad (Tom Hiddelston, num puteiro? Na china? É sério que eles querem me convencer que se vou num puteiro chinês em meados dos anos 70 vou encontrar Tom Hiddelston jogando sinuca e comprando briga lá, não cara, não convence) o mateiro, digo o guia da expedição, e por motivos que sei lá, levam também uma fotografa pacifista Mason Weaver (Brie Larson).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Formada a comitiva eles vão pra ilha, chegam lá de helicóptero, jogam bombas pra testar a sísmica do solo, o que irrita pra cacete o Kong que aparece do nada e mata metade da galera, o resto sobrevivente se divide em dois núcleos, os bonzinhos Hiddelston e Larson e os militares liderados por um emputecido Samuel L. Jackson que não quer nem saber de sair da ilha, quer é matar o macacão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O núcleo bonzinho obviamente vai encontrar a clássica tribo que mora na ilha, um sobrevivente americano da Segunda Guerra pra fazer a ponta comunicacional e vão aprender a história e Kong e como na real ele é o bonzinho e não vilão. Esse núcleo não funciona muito bem, o personagens não tem arco e entram e saem do filme do mesmo jeito, esquecíveis, exceto Hank Marlow, o sobrevivente da segunda guerra, uma graça do início ao fim do filme. O núcleo militar funciona melhor, são divertidos e muitos deles fazem a evolução do personagem na história, o que faz a gente realmente se importar com eles, já Packard, o coronel malvadão, faz o arco inverso, começa ruim e termina pior ainda em sua obsessão com uma vitória.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lendo até aqui pode parecer que não gostei do filme, pelo contrário, eu adorei. Se seus personagens humanos não são lá essas coisas todas, isso pouco influencia, porque o filme não é sobre eles é sobre Kong e sua Skull Island, e que gorilão da porra senhores, o maior já feito no cinema, a ilha é belíssima, o que é ressaltado por uma fotografia sensacional, ótimos efeitos e cenas de ação de tirar o folego e afinal foi isso que os trailers prometiam e é isso que o filme entrega (e foi pra isso que fui cinema). O diabo do macacão faz picadinho de helicópteros, destrói montanhas, desse o cacete em lagartões gigantes em cenas muito influenciadas pela estética dos animes orientais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Kong é uma ótima atualização de história clássica que não busca prestar homenagens, mas abrir possibilidades pra exploração de novos horizontes, dizem que a intenção da legendary é criar um universo de monstros onde Kong, Godzila e até mesmo os Kaijus de Pacific Rim co-existam numa mesma realidade ficcional. Mas se não der certo também é um excelente filme de Kong, deixa um gosto de quero mais ao final. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ah, falei de Samuel L Jackson no início, pois bem, ele atua bem, cumpre seu papel, mas uma direção melhor dava pra ter espremido um pouco mais do ator e deixado seu personagem mais marcante. Não faz feio, mas a gente sabe dos potenciais de Jackson quando bem dirigido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-830859554731151410.post-24966603630039500702017-02-12T17:47:00.002-08:002017-02-12T17:48:05.231-08:00Escuta só: Figueroas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga4MUfFiWpy0iTf7NikTtWvfbnSJtS9b0jXbVu1PDiMIaal8g-Qv393U-4V3-NyKnNnQPyacw-1v6rB0PfQDXBrHl0_f3mrdAhvScJvTUi03bU7Au6aMtSwZd6wBS7lBqNU9cDZY_m47OU/s1600/1_capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga4MUfFiWpy0iTf7NikTtWvfbnSJtS9b0jXbVu1PDiMIaal8g-Qv393U-4V3-NyKnNnQPyacw-1v6rB0PfQDXBrHl0_f3mrdAhvScJvTUi03bU7Au6aMtSwZd6wBS7lBqNU9cDZY_m47OU/s320/1_capa.jpg" width="320" /></a></div>
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Quem aí tem saudade da Lambada? Quem ainda sabe o que é lambada? Bom, quem quiser relembrar ou conhecer uma boa opção é o grupo Figueroas que lançou seu segundo disco "Swing Veneno" nesse mês de fevereiro e é simplesmente sensacional.<br />
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Totalmente dançante, com letras minimalistas e bem humoradas o grupo resgata a Lambada com muita dignidade e estilo em músicas curtas e muito bem arranjadas. Não deixe de conferir.<br />
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Forte candidato a disco do ano (na lista Seringueiro Voador, é claro), já posso dizer isso.<br />
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<iframe allowtransparency="true" frameborder="0" height="380" src="https://embed.spotify.com/?uri=spotify%3Aalbum%3A14MpMT4i0lR0MuoE8h4YCC" width="300"></iframe>Gildson Goeshttp://www.blogger.com/profile/03190027364659271368noreply@blogger.com0