Um dos filmes mais comentados,
resenhados e criticados desses últimos dias tem sido o último lançamento do
famigerado Quentin Tarantino, Django Unchained (Django Livre), aliás, o filme
tem sido alvo de moderadas críticas, inclusive, por parte dos fãs de Tarantino,
principalmente quando compara este à obra anterior do diretor, Bastardos
Inglórios. Num primeiro momento minha tendência foi gostar mais de Django que
de Bastardo, por isso no fim de semana assisti-o novamente para fazer uma
pequena comparação, qual não foi minha surpresa quando ainda assim, continuei
gostando mais de Django, mesmo sendo o Bastardos um filme obviamente superior.
Bastardos tem um acabamento
melhor onde duas histórias independentes são contadas concomitantemente no
melhor estilo narrativo tarantinesco, ligadas apenas pelo divertido, sádico e por
vezes assustador Coronel Hans Landa, não há pontas soltas no filme, não há
cenas desnecessárias, enfim, não padece dos defeitos de Django. Este, por sua
vez, é uma história simples, porém alongada, cheia de cenas e reviravoltas
desnecessárias, as mesmas reclamações que muita gente fez ao Hobbit de Peter
Jackson.
O que me cativou mesmo em Django
e me fez cego a todos os seus evidente defeitos foi a trilha sonora. Um
espetáculo. A melhor de um filme de Tarantino desde Kill Bill. Ouvi a trilha de
Django antes de seu lançamento aqui no Brasil e percebo agora que já fui
assistir ao filme amando-o pelas músicas que ouvi! Tarantino mistura as canções épicas de Ennio Morricone e Luis Bacalov com o Rap e o Country americanos
criando uma coletânea fantástica de canções. E tal coletânea fica ainda mais
soberba quando adicionada às imagens do filme criando o clima perfeito para o
espectador, desde o contemplativo das montanhas e vales até o eufórico dos
tiroteios.
Tarantino pode ter errado a mão
em diversos pontos do filme, mas, assim como em Kill Bill, que padece de muitos
vícios similares a Django, ele acertou em cheio na escolha das canções. A
Trilha Sonora de Django é uma obra a parte, ela é fantástica tanto dentro do
filme quanto ouvida em separado! Ela, ainda mais que o filme, é uma verdadeira
e digna homenagem ao faroeste italiano. Ouça-a!
P.S. não abordei aqui a questão
das excelente atuações de Django ou ainda da polêmica envolvendo seu tratamento
a um tema tão polêmico quanto o racismo nos EUA, mas há farta e ótimas críticas
na internet abordando essas questões, por isso vou me eximir de falar sobre
isso aqui!
Gildson Góes
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