segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O Preço do Amor (com adaptações)

Uma tarde, um menino aproximou-se de sua mãe, que preparava o jantar, e entregou-lhe uma folha e papel com algo escrito.

Depois que ela secou as mãos e tirou o avental, ela leu:
_ Cortar a grama do jardim: R$ 3,00
_ Por limpar meu quarto esta semana. R$ 1,00
_ Por ir ao supermercado em seu lugar. R$ 2,00
_ Por cuidar de meu irmãozinho enquanto você ia às compras. R$ 2,00
_ Por tirar o lixo toda semana. R$ 1,00
_ Por ter um boletim com boas notas R$ 25,00 e
_ Por limpar e varrer o quintal. R$ 2,00
TOTAL DA DÍVIDA R$ 36,00

A mãe olhou o menino, que aguardava cheio de expectativa. finalmente, ela pegou um lápis e no verso da mesma nota escreveu:
_ Por levar-te nove meses em meu ventre e dar-te a vida. NADA
_ Por tantas noites sem dormir, curar-te e orar por ti. NADA
_ Pelas preocpaçõs e pelos prantos que me causates. NADA
_ Pelo medo e pelas aflições que me esperam por tua causa. NADA
_ Por comidas, roupas e brinquedos. NADA
_ Por dedicar minha vida a ti, adaptando meu trabalho, minha moradia, meu lazer. NADA.
CUSTO TOTAL DE MEU AMOR: NADA.

O menino pegou o papel das mãos da mãe, leu atentamente o que estava escrito, e falou:

_ Bem mãe, a senhora tem um argumento interessante, vamos analisar por partes, considerando que foi a senhora que decidiu em acordo com papai, que me teriam, seu primeiro argumento é invalido, e como todo bom adulto deve saber que ter filho não é brincadeira, as noites sem dormir, os prantos e as preocupações vêm todas juntas no pacote. Vou considerar a parte da cura e das orações, também vou levar em consideração as roupas e os brinquedas, quanto a alimentação é OBRIGAÇÃO de vocês me alimentarem, lembre do ECA. E que papo é esse de dedicar a vida, ora bolas. Que eu bem saiba a senhora não pensava propriamente em mim, quando decidiu me ter, a decisão da maternidade foi totalmente sua, para atender uma necessidade sua, o amor ao filho vem após o nascimento, portanto a senhora, já devia saber as privações por que passaria, então não vou contar isso. Acho que o máximo que posso fazer é lhe dar um abatimento de 20 % sobre o total e parcelar em até duas vezes sem juros, mas ande logo que é só enquanto estou emocionado.

FIM.

Com a palavra o autor:
Olá possíveis leitores, pensaram que eu ia escrever um texto decente dessavez? Bem, começando o ano fazendo uma coisa que sempre quis fazer, estragar essa maldita lição de moral, há anos que eu gostaria de fazer um final decente para essa coisa. Hoje resolvi fazer isso, não sei se foi o melhor, mas até que ficou interessante. O final verdadeiro para que não conhece esse conto é assim, após ler o bilhete da mãe o menino, com lágrimas nos olhos diz que a ama e escreve no seu bilhete TOTALMENTE PAGO. Terrivelmente BREGA não?
Transportando essa situação para vida real vejo apenas uma solução plausível, a mãe encher o muleque de peia, dizer que tudo aqui não passa da obrigação dele e vá já fazer o dever de casa. Ou coisa similar.

Até a próxima. o/

Um comentário:

Fábio Lima disse...

ficou bom, só faltou sangue, mas ficou bom.


P.S. vou atualizar o blog mais vezes pode deixar.