Vinha por uma rua escura e deserta o cidadão comum. Voltando do trabalho, cansado, carregando sua maleta. Pensava no futebol, na sua poltrona e nas três latinhas de cerveja bem geladinhas que estava lhe esperando na sua geladeira.
Foi quando ouviu passos, olhou para trás e nada viu, continuou andando com a firme impressão que alguém lhe seguia, ou alguma coisa, teve medo e apertou o passo. Porém os passos atrás dele resolveram apertar também, logo uma mão lhe agarrou o ombro e lhe jogou contra uma parede.
Bateu com força, mas não desmaiou ainda viu a terrível criatura que se aproximava. Tinha olhos vermelhos, pálido como um cadáver, trazia no rosto um sorriso psicopata com longos e afiados caninos. O cidadão comum estava cara a cara com um vampiro.
_Vo - você vai be-ber meu sangue? - perguntou amedrontado e sem saber nada mais adequado para perguntar.
_Sim eu vou. - respondeu o vampiro, - não está na cara?
O monstro lhe agarrou pelo pescoço, trouxe até suas presas e fincou na pele até que o sangue fluísse. Bebeu e jogou o corpo de volta ao chão.
O cidadão comum se surpreendeu por ainda estar vivo.
_Estou vivo? - perguntou o cidadão comum surpreendido.
_Ao que me parece sim. - respondeu o vampiro procurando algo em sua capa escura. - Onde foi que deixei. - falou pra si mesmo.
_ Mas as histórias dizem que você devia beber meu sangue até eu morrer ou me transformar num vampiro também.
_ Bobagens do cinema garoto. Nada disso é real.
_ Então você não precisa me matar pra se alimentar?
_ É clar que não. Ah achei!!! - retirou algo do dentro da capa.
O cidadão comum já estava todo contente, pois ainda poderia ver o jogo, tomar umas cervejas e ainda faltar ao trabalho no dia seguinte, por falta de sangue, porém o som de uma arma de fogo sendo armada lhe retirouos pensamentos.
_ Nós só matamos por prazer mesmo. - falou o vampiro todo prosa.
Houve um BANG! e a bala acertou o cidadão comum, mas ele não morreu, quando acordou mais tarde, meio tonto e grogue, percebeu que o tiro pegou de raspão e o vampiro pelo visto não percebeu, foi embora. O cidadão comum se levantou, foi para sua casa.
O jogo já havia terminado, descobriu que sua mãe havia levado a poltrona emprestado, bem pelo menos tomaria as cervejas. Cambaleou até a geladeira, abriu a porta e quando o ar gelado lhe acertou o rosto viu que esquecera as três latinhas no refrigerador, podiam ser usadas como armas de tão duras.
Sentou-se em frente a geladeira só então começou a gritar....
Gildson Góes
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