Assisti ontem a noite esse incrível filme de animação japonesa Okami Kodomo no Ame to Yuki. O filme
começa como um romance bobo entre uma jovem estudante universitária,
Hana e Ookami, aquele cara bonito, meio desleixado e misterioso, como
quem guarda um grande segredo. E o segredo era, o cara era um lobisomem,
mas a garota não se importa e eles começam a viver uma história de
amor.
Eu sei, mais parece uma das abominaveis histórias de
Stephenie Meyer, mas não é, porque a história de verdade não começa aí,
começa quando esse amor acaba gerando dois filhos, ambos lobisomens como
o pai, e este acaba morrendo num acidente tolo, enquanto estava
transformado em lobo. Hana encontra o corpo do seu amado sendo jogado na
traseira de um caminhão de lixo como um cachorro de rua qualquer.
A partir de então Hana tem um desafio, criar seus filhos sozinha num
mundo que não pode saber de sua existência e tendo que lidar com os
institnto meio humanos meio caninos das crianças, a mais velha e
extrovertida Yuki e o medroso Ame.
Acaba virando um filme sobre
os desafios da maternidade e também sobre crescimento e maturidade,
interessante ver como as crianças vão mudando conforme o passar do
tempo, Yuki que parecia mais inclinada a ser um lobo que uma humana
acaba se integrando cada vez mais a sociedade deixando para trás seu
lado animal, enquanto Ame, que era o mais medroso, acaba escolhendo a
vida selvagem de um lobo e se afastando cada vez mais do convívio
humano.
Hana também acaba amadurecendo, ficando cada vez mais
forte e confiante, enfrentando todas as adversidades de sua nada fácil
vida sempre com um sorriso no rosto. Parece piegas, mas no filme
tudo soa muito natural e a nossa simpatia por Hana é quase instantânea.
A animação é de alta qualidade, feita pelo Studio Shizou em parceria
com o famosíssimo Madhouse (o mesmo de Death Note, Trigun, Claymore, dentre outros), pelo menos para os
fãs de anime. O desenho dos personagens ficou a cargo de Yoshiuki
Sadamoto, o mesmo que desenhou os personagens de Evangelion e a direção
está a cargo de Mamoru Hosoda, que dirigiu alguns filmes de Digimon, não
que isso seja lá um mérito, mas esse com certeza é seu melhor filme,
dentre os que eu conheço pelo menos.
Recomendado, assista.
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