Dez para meia noite, lá estava o cidadão comum. Sentado num banco de praça, tomava um refrigerante inocentemente, sem perceber a estranha, e um tanto assustadora, presença que se aproximava pelas suas costas. Não percebeu até que a mão da presença pousasse, de maneira ligeiramente pesada, e por isso mais ameaçadora, em seu ombro. _ Ô tio, compra um chiclete aí. É dois real. O cidadão comum sem querer demonstrar o susto que acabara de levar, se recompos. Respondou num tom meio inseguro, como que pra testar a reação do cidadão alí. _ Não obrigado, não tenho dois reais. _Tem sim tio, compra aí, é pra ajudar nas despesas lá de casa. - como todo bom vendedor ele era persistente, ou simplesmente chato. _ Mas não tenho dois reais trocado? _ Tem quanto aí tio, pra ver seu troco? O cidadão comum se viu num impasse. Tinha na carteira quatro notas de cinquenta reais que imprudentemente deixara de trocar mais cedo e de forma mais imprudente ainda resolvera carregar para uma praça vazia às dez pra ...
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