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Mostrando postagens de janeiro, 2017

40 anos do porco voador

Animals, décimo álbum do Pink Floyd, foi lançado no dia de hoje, 23 de janeiro, há exatos quarenta anos. A banda já tinha lançado dois discos marcantes "The Dark Side of The Moon" e "Whis You Where Here" que catapultaram a banda de mais um grupo de progressivo para fenômenos pop. Verdadeira máquina de lotar estádios e fazer dinheiro.  Foi a partir de Dark Side que as letras de Roger Waters começaram a se tornar cada vez mais ácidas, processo que continuou em Whish... tornando-se, em Animals, também politizadas. O álbum, conceitual assim como seus antecessores, baseia-se livremente no livro de George Orwell, "Animal Farm" (A Revolução dos Bichos). Assim como Orwell fez uma metáfora da Revolução Russa usando animais, Waters faz uma metáfora da sua sociedade dividindo-a em cães, porcos e ovelhas. "Dogs" representando os homens da lei, "Pigs (Three Different Ones)" os políticos corruptos e "Sheeps" o povo sem pensamento p...

Jack the Joker na Progressive Metal do Spotify

Já falei da Jack The Joker por três vezes nesse espaço aqui , aqui e aqui   e por que tanta insistência em falar dessa banda? Porque acho eles muito bons. É uma das minhas bandas nacionais favoritas desde que meu amigo Oscar me apresentou eles, lá por 2013 eu acho. Em 2014 eles lançaram o primeiro disco In The Rabbit Hole e foi quando tive certeza que essa banda merecia ser conhecida e reconhecida no cenário metal nacional.  Hoje o mesmo amigo que me apresentou a banda me avisou que duas músicas dos caras tinham entrado em um playlist oficial de Progressive Metal do Spotify, conhecido servido de streaming que vivo usando aqui no blog. As músicas "Volte Face" e "Brutal Behavior" tão lá listadas ao lado de nomes consagrados do Prog Metal como Dream Theater, Symphony X e Evergrey.  Ainda não é o Grammy, mas um dia eles chegam lá. Acredito muito nessa banda. A playlist você confere aí embaixo.

Sepultura - Machine Messiah

Existem duas coisas nas quais o Sepultura não tem interesse. Uma é perder sua identidade e a segunda é se repetir. Há uma pequena interseção entre esses dois pontos onde a banda consegue fazer um trabalho original sem deixar de ser quem é. Machine Messiah, seu 14º disco, consegue acertar precisamente nesse ponto ao se mostrar um disco moderno, original, inovador e ousado, até onde o limite da prudência admite para que sua sonoridade não deixe de soar Sepultura. Muito da inovação nesse disco, a própria banda credita ao seu produtor, o sueco Jens Borgen, que teve total liberdade para opinar e trazer novas idéias às composições, tornando-se de certo modo o quinto integrante do Sepultura nesse disco. Vemos um Sepultura trazendo elementos novos às suas composições. Um deles, cortesia de Borgen, é a orquestra tunisiana que dá um leve toque médio oriental às canções "Phantom Self",  "Sworn Oath" e "Resistance Parasites", sonoridade que caiu muito bem no ...

Moana - Um mar de aventuras ou uma jornada de autoconhecimento

Em determinado momento do filme Maui, o semideus, define a aventura como saber para onde se quer ir, sem que esquecer por onde você já passou. Alcançar esse equilíbrio entre o familiar e o desconhecido, passado e presente, o tradicional e o novo parece ser a verdadeira busca da jovem heroína do mais recente filme da Disney: Moana - Um Mar de Aventuras. A jornada de Moana traça vários paralelos com o conceito de jornada do herói : o chamado para aventura; a reticência do herói; o mestre, no filme representado pela avó; o aliado, Maui (Semideus, transmorfo, heroi do mundo, em sua própria descrição); a superação dos primeiros desafios; uma ligeira derrota traumática e por fim a recompensa. Todas as características do estilo estão lá, entretanto, é em sua conclusão que Moana se revela muito mais uma jornada de autoconhecimento.  Saber quem você é e onde está é a tônica que guia o filme, tanto em sua narrativa quanto nas canções tema que o embalam, todas excelentes diga-se de p...