sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Jordan mechendo na colméia.



Candyman é meu filme de terror favorito. Uma mistura de lenda urbana, com slasher e suspense psicológico com uma pitada de critica social.Candyman é um ser poder ser invocado ao se dizer seu nome cinco vezes em frente ao espelho, então ele aparece e te mata. E por que alguém faria a estupidez de invocar a criatura? Bem, provavelmente por aquele comichão que dá na pessoa, uma disputa entre incredulidade racional e medo primitivo.

Mas o filme de 1992 é muito mais que jovens bobos invocando a fera. Ele possui uma dose de comentário social ao situar Candyman como objeto de um quase culto por parte de uma comunidade carente e marginalizada em Cabrini Green, Chicago. Comunidade esta que existe na vida real e por muitos anos foi foco de vandalismo e violência na cidade.

Cabrini Green é habitada majoritariamente por negros e o próprio Candyman, descobre-se é o espírito de um escravo cruelmente assassinado que volta a vida devido ao culto que se instaura em torno da sua figura. E quando este culto é ameaçado por uma intelectual branca que vai a comunidade desconstruir seu mito para uma tese qualquer da faculdade, Candyman precisa manter vivo seu culto.

O filme bebe muito da fonte original, um conto chamado O Proibido de Clive Barker. Aqui cabe uma observação, eu gosto muito de Stephen King, mas pra mim ele nunca escreveu histórias tão fortes e orignais quando Clive Barker, que pra mim é um verdade mestre do horror. Você, se assiste filmes de terror provavelmente já viu algum filme baseado na obra dele sem saber. Provavelmente foi Hellraiser.

Enfim, Jordan Peele vem produzindo um remake dessa obra, essa coisinha aí no trailer. Confesso que estou meio dividido. Primeiro Peele não é o diretor dessa vez e ele fez duas obras excelentes no gênero. Segundo o trailer mostra demais o quesito, pessoas estúpidas repetindo Candyman no espelho o que me dá medo de o filme virar um slasher sangrento e nada mais. Porém, o filme original tem farto material para Peele fazer mais um excelente filme na linha de Corra! e Nós, a crítica social, principalmente no quesito do racismo à comunidades negras.

O jeito é aguardar e confiar.

Ps. depois vou escrever um texto só sobre esse gênio do horror Clive Barker. 


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