Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2008

Zeca e Joca em Conversas no Front de Batalha.

Ainda na grandiosa revolução acreana... _ Ô Zeca olha lá do outro lado. - falou Joca. _ Que foi homi? _ É o Juan Pablo Assuncion de Las Casas. Aquele que era nosso cumpadi! _ Ah tá to lembrado. Quede ele? _ Ta ali atirando em nois, vou dar uma palavrinha com ele. Joca mira sua arma bem no chapeu de Juan e atira. Acena do outro lado. _Ô Juan, como é que vai cumpadi. _ Ola amigo, esta tudo bien por aqui, como estão ustedes? _ Tamo por aqui matando uns boliviano. _ Yo estoi mantando uns brasileiro, já matei uns cinco. _ Pois eu já matei bem um vinte boliviano. _ Ah eu disse cinco? Quis decir veinte cinco. _ Ah ta eu sei boliviano safado. Oh o Zeca ta aqui também atirando comigo! _ Ola Zeca! _ Como vai cumpadi Pablo! E a mulher? Nessa hora, Zeca entrou em tiroteio acirrado como um boliviano bom de tiro, depois de alguns minutos de grande duelo, bala ia, bala vinha, ele finalmente acertou uma na testa do infeliz. Enquanto isso a conversa continuava animada entre Joca e Juan, terminada a bat...

Os Pesadelos do trabalhador honesto à meia noite - ou - O Psicótico do Cutelo*

Aquela vida de horas extras não era para ele, o honesto trabalhador, se via obrigado a voltar para casa no último ônibus, bem sabia ele da má fama das ruas de seu bairro durante a noite, mas o que fazer, havia trabalho e tinha que ser feito, pelo menos a hora extra daria para comprar aquele vestido para o aniversário da mulher e mais algumas coisas para as crianças é claro, quem sabe até sobrasse um dinheirinho para fazer uma festa, a patroa certamente iria gostar. Porém, tudo nessa vida possui um problema, e um deles era aquele sujeito no fundo do ônibus, antipatisara com ele desde o momento em que vira aquela expressão débil, de olhos arregalados e de boca aberta, e o velho maluco parecia ter fixado sua atenção nele, vez ou outra o trabalhador honesto voltava seu olhar para os fundos do ônibus, assim desfarçadamente, e lá estava aquela expressão idiota e apavorante, olhando, encarando, escondando uma gama de pensamentos terríveis sob aquele rosto. O velho parecia assutado, mas era o ...

Motivação Revolucionária.

Escondidos atrás das trincheiras Zeca e Joca atiravam nos inimigos. Era a Grande Revolução Acreana. _ ô Joca, mas afinal de contas, qual o sentido disso tudo? Essa revolução tem sentido mesmo, não são eles seres humanos também, eles também não têm mulher em casa, não vão deixar orfãos, afinal de contas, talvez nem quisessem ta no exército, só tão recebendo ordens dos generais nessa guerra que não trazer nada de melhor na vida deles. Pra que tudo isso hein? Por que tamos atirando nesses bolivianos? _ porque senão o general Plácido fuzila a gente. _ Ah. verdade. Mais tiroteio. _ mas ô Joca. O que acontece se os bolivianos vecenrem essa guerra, afinal a terra era deles segundo o tratado de Ayacucho num é? Isso que tamos fazendo não seria um roubo? Essa terra num é direito deles não? _ pode até ser Zeca, mas se eles ganham eles expulsam o coronel e nós fica desempregado. Então atira! Zeca fica parado uns instantes refletindo... _ ô Bolivianos desgraçados. E voltamos aos tiroteios. P.s. crí...