Pular para o conteúdo principal

Os discos que mais gostei em 2016

Para não ficar de fora das clássicas listas de final de ano vou fazer uma lista pessoal do que mais consumi em termos de cultura pop esse ano, música, proponho uma lista dos álbuns que mais gostei em 2016 sem pretensão de que sejam considerados os melhores do ano, até porque minha lista abrange basicamente um estilo, o rock/metal, basicamente 90% do que consumo em música. Mas óbvio, a gente flerta com outros estilos também.

Vamos lá:




















David Bowie - Blackstar
Bowie fez sua despedida do mundo acompanhado de um grupo de jazz ao som do sax, sete canções, tristes, porém poéticas, todas lindas, um clássico do músico.






















Gojira - Magma
Unindo peso e groove e uma pitada de psicodelia, essa banda francesa faz um trash metal inovador trazendo idéias novas para um estilo que muitas vezes parece estagnado.






















Jack The Joker - Mors Volta
Músicos extremamente técnicos fazem aqui um Metal Progressivo de primeira qualidade, porém o que marca é o groove e o peso que a banda injeta em suas canções com muita criatividade, no âmbito do Heavy Metal foi o melhor lançamento nacional, mais abaixo tem uma resenha bem explicada desse disco, não deixe de conferir.





















Rival Sons - Hollow Bones
Comparada ao Led Zepellin, quando surgiu em 2009, o que não é pouco elogio, a banda vem consolidando sua identidade. Hollow Bones seu mais recente disco, incorpora o blues clássico ao Hardrock com resultados sensacionais, um disco rápido, mas marcante.





















The Baggios - Brutown
Apesar do nome, esse é um duo de rock brasileiro, e dos bons, as canções são cantadas em português e o estilo é um rock blues retrô, porém misturados a elementos da música brasileira, no caso, da música nordestina, provavelmente o melhor disco de rock brasuca do ano...





















Huaska - Fim
... o quarto disco do Huaska, porém é um competidor forte, de estilo mais pesado, aquela zona cinzenta entre rock e metal que chamam Hardcore, essa banda também busca na música brasileira a inspiração para criar um som inovador, nesse caso, as influências principais vêm do samba e bossa nova.





















Ghost - Popestar
Não é um disco de verdade, é um EP, ou seja é um disquinho, com uma canção inédita e quatro covers. Uma coisa que torna o Ghost interessante no mundo Heavy Metal é o constante flerte da banda com o Pop, há muito já se sabe que o satanismo da banda é um pastiche do occult rock dos anos sessenta (ou setenta), agora eles parecem se divertir com isso e sempre escolhem para cover musicas do universo pop, porém sempre dando sua roupagem pesada e retrô às canções. Curtinho e espetacular eu recomendo vivamente esse disco, é diversão na certa!





















Avantasia - Ghostlights
Poucas banda conseguem manter um Power Metal tão clichê e ainda assim continuar legal pra caralho como o Avantasia de Tobias Sammet. Ghostlights é, do início ao fim, estruturado como um musical da Broadway, cheio de duetos e participações e especiais é um disco divertido, tem uma histórinha pra você acompanhar também, mas nem é tão importante assim, o legal mesmo é entrar no clima viajar nos refrões grudentos das canções.





















Baroness - Purple
O disco é do ano passado, mas foi lançado tão no fim que só deu pra curtir mesmo esse ano, então está nessa lista. É muito difícil definir o som dessa banda e creio que é isso que torna ela tão boa, tem peso, muitos riffs marcantes, mas também muita melodia e momentos de verdadeira delicadesa, é marcante, só ouvindo pra sacar, então para de perder tempo e vá atrás da discografia desses caras.





















Leonard Cohen - You Want It Darker
Comecei e agora termino essa lista com mais uma despedida, Leonard Cohen, com menos alarde lançou seu último disco e dias nos deixou para sempre. Música feita de sons e silêncios é o que falei sobre esse disco, a voz profunda, gutural e marcante de Cohen é levada através de belíssimas e delicadas melodias, mas também por silêncios profundos e meditativos.

Boas festas!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Agente Secreto de Kleber Mendonça Filho - Um filme sobre cinema e memórias.

O Favorito para o Oscar O Agente Secreto é o mais novo filme de Kleber Mendonça Filho e o atual favorito brasileiro na corrida para o Oscar 2026 — uma corrida que já começa animada com a vitória, no concurso anterior, do filme brasileiro Ainda Estou Aqui , vencedor do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro. É complicado fazer uma sinopse de O Agente Secreto sem entregar a história, porque ela vai sendo revelada em camadas ao longo do filme. Marcelo, personagem de Wagner Moura, é o protagonista da película. Ele chega ao Recife para ver o filho e fica hospedado no edifício de Dona Sebastiana. Tem um encontro marcado no Instituto de Identificação de Recife, onde há uma promessa de trabalho. Isso é o suficiente para, a partir daí, construir o mistério em torno desse homem que claramente está fugindo. A narrativa se passa nos anos 70 e tem como plano de fundo a ditadura empresarial-militar brasileira. Embora a ditadura em si não seja o centro da história, ela é parte integrante do cenário ...

Resenha: A Estrada da Noite, de Joe Hill – Um terror sobrenatural e visceral

Com a estreia de O Telefone Preto 2 nos cinemas, me lembrei do autor da história original, Joe Hill , e do meu primeiro contato com sua obra: o livro A Estrada da Noite ( Heart-Shaped Box , no original). Filho do lendário Stephen King , Hill mostra neste romance que o talento para o terror é, de fato, hereditário — mas com uma voz e estilo próprios que o diferenciam completamente do pai. Um astro do rock e um paletó assombrado A trama acompanha Judas Coyne , um ex-astro do rock pesado que vive recluso em uma fazenda, longe das turnês, drogas e da fama. Com um gosto peculiar por objetos macabros — como livros de receitas para canibais e fitas com assassinatos reais —, Jude leva uma vida excêntrica até decidir comprar, em um leilão online, um paletó “assombrado” pelo espírito do antigo dono, Craddock McDermott . O que parecia uma simples brincadeira mórbida se transforma em um verdadeiro pesadelo. O fantasma de Craddock passa a atormentar Jude com aparições assustadoras, um cheiro ...

🎵 Rick Wakeman lança “Melancholia”: um tributo instrumental à introspecção

  Para os amantes do rock progressivo , o nome Rick Wakeman dispensa apresentações. Lenda viva do gênero e tecladista da formação clássica do Yes , Wakeman também colaborou com ícones como David Bowie e Black Sabbath , além de construir uma carreira solo brilhante e prolífica . No dia 17 de outubro , o músico britânico lançou seu mais novo álbum: “Melancholia” , uma obra instrumental tocada inteiramente ao piano. O disco completa uma trilogia iniciada com Piano Portraits (2017) e seguida por Piano Odyssey (2018) . Segundo o próprio artista, trata-se de “uma suíte profundamente coesa, escrita de forma intuitiva e depois moldada em parceria com o produtor Erik Jordan” . Gravado em um piano clássico Steinway Modelo D , o álbum transmite uma atmosfera intimista e emocional, convidando o ouvinte a uma jornada de reflexão e serenidade. 💭 O significado de “Melancholia” segundo Rick Wakeman Em um vídeo de apresentação, Wakeman explica que a melancolia é um sentimento muitas vezes...